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Coronavirus

Bolsonaro anuncia que vacinação será parcialmente privatizada: empresas vão furar a fila

Bolsonaro afirmou na noite desta segunda que a vacinação contra o coronavírus será parcialmente privatizada, com a possibilidade de empresas adquirirem doses para seus acionistas, diretores e funcionários e furarem a fila pública. A decisão representa um golpe no Programa Nacional de Imunização. Algumas empresas anunciaram rejeitar a privatização

(Foto: Alan Santos/PR)
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247 - Jair Bolsonaro afirmou à CNN na noite desta segunda-feira (25) que a vacinação contra a pandemia do novo coronavírus será parcialmente privatizada no país, liquidando com a lógica pública do Programa Nacional de Imunização. Ele desmentiu a informação segundo a qual a vacinação seria apenas pública no país: "Desde o ano passado, nós abrimos negociação para compra de vacinas. Diferente do que estão falando por aí, o governo continua estimulando essa negociação com os empresários. Nós demos o sinal verde para eles lá atrás". Algumas empresas já anunciaram discordar da privatização.

Com a decisão do governo, haverá a fila do programa público de vacinação e ele será furada por empresários, dirigentes e funcionários das empresas. Bolsonaro tenta tapar o sol com a peneira negando que a possibilidade de privatização de parte da vacinação não representará uma prioridade às empresas: "Não existe nada de furar fila”. A alegação dele é que “uma parte das vacinas seria doada ao governo federal. E a outra parte seria usada pela empresa que comprou”.  Bolsonaro mesmo admitiu que “o critério de uso da parte que ficaria com as empresas compete às empresas”. 

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Nem mesmo entre as empresas há consenso quanto à privatização da vacinação, com a institucionalização dos fura-fila. Vale, Itaú e Petrobras discordam do uso da vacina por empresas, já que a compra permitiria a imunização fora de grupos prioritários. Alguns empresários defendem a doação integral dos insumos ao SUS. A negociação continua em andamento.

Nesta semana, empresas se uniram para comprar pelo menos 11 milhões de doses da vacina de Oxford/AstraZeneca. Pelo acordo, metade do lote dos imunizantes seria doada para o Sistema Único de Saúde. A outra parte seria usada pelas próprias empresas para vacinar seus funcionários.

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