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Coronavirus

Infecções por problemas respiratórios desacelera, diz Fiocruz… mas pode ser dificuldade em atualizar o sistema

"Tal queda pode ser tanto reflexo de uma real desaceleração, fruto das medidas de distância social implementadas no território nacional, quanto do aumento no tempo para digitalização das fichas de notificação por sobrecarga das equipes dedicadas a isso em cada unidade de saúde ou vigilância municipal e estadual", afirma coordenador da InfoGripe, Marcelo Ferreira da Costa Gomes

Sede da Fiocruz no Rio de Janeiro (Foto: Fiocruz)
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247 - A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) informa que a curva de internações por insuficiência respiratória grave desacelerou no Brasil, depois de uma ascensão vertiginosa em meados de março, segundo a Folha de S. Paulo.

Na 13ª semana da pandemia no ano - entre 22 e 28 de março -  o salto de internações por doenças respiratórias foi de 7%, atingindo um total de 5.992 casos. Nas duas semanas anteriores, entretanto, o aumento havia sido de mais de 100% - 162% na 11ª semana e 122% na 12ª.

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Coordenador do InfoGripe, sistema da Fiocruz que monitora os dados da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) com o Ministério da Saúde, Marcelo Ferreira da Costa Gomes diz que ainda não é possível saber em quanto as medidas de isolamento social feito pelos governadores estaduais contribuiu para esta diminuição, apesar dos dados coincidirem com o período que estas medidas começaram a ser tomadas.

Segundo ele, além da política dos governadores, os hospitais podem estar sobrecarregados com a crise da Covid-19 com dificuldade de alimentar o sistema da fundação com dados atualizados.

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"Tal queda pode ser tanto reflexo de uma real desaceleração, fruto das medidas de distância social implementadas no território nacional, quanto do aumento no tempo para digitalização das fichas de notificação por sobrecarga das equipes dedicadas a isso em cada unidade de saúde ou vigilância municipal e estadual", afirma.

Apesar da SRAG ser causada por diversos outros vetores, como influenza, adenovírus e os quatro coronavírus sazonais que já circulavam anteriormente, a explosão dos casos neste momento indicam que boa parte dos casos são estimulados pela infecção do novo coronavírus.

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Também, “a distribuição etária dos casos com forte predomínio da faixa acima de 60 anos chama a atenção pois difere dos anos anteriores”, disse Gomes. Em anos anteriores, a maioria das pessoas com problemas respiratórios eram menores de 2 anos. Agora, são idosos de mais de 60 anos. “Tal assinatura é compatível com o que vem sendo observado para os casos de COVID-19 no mundo", diz o pesquisador da Fiocruz.

Na 13a semana, de todos os pacientes com SRAG, 1.177 tinham mais de 60 anos e só 298 eram crianças. No ano passado, no mesmo período, 554 crianças estavam internadas, contra apenas 93 idosos.

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