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Coronavirus

Notícias falsas sobre imunidade contra a Covid-19, espalhadas inclusive por Bolsonaro, preocupam comunidade médica

(Foto: Pixabay)
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Há um bom tempo diversos setores da sociedade vêm alertando para as consequências negativas das notícias falsas. Com a pandemia da Covid-19, isso ficou ainda mais evidente, já que o perigo se multiplicou. Um estudo publicado em agosto no The American Journal of Tropical Medicine and Hygiene mostrou que mais de 800 pessoas já morreram em todo o mundo por seguir alguma fake news. Entre os boatos mortais, estão os que envolvem a ingestão de metanol ou produtos de limpeza em tentativas de matar o coronavírus ou manter o organismo protegido.

No entanto, algumas notícias falsas menos absurdas podem ter um perigo tão grande quando estas que provocaram tantas mortes. As que mais preocupam a comunidade médica e científica no momento são as que estão relacionadas com a imunidade. A vacina é assunto constante destas fake news e veículos de imprensa chegaram ao ponto de ter que publicar em suas seções de checagem sobre o boato de que a vacina contra a Covid-19 viria com chips que seriam controlados pelas antenas 5G.

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O perigo é evidente: o questionamento das medidas eficazes para conter o coronavírus pode provocar índices baixos de vacinação e, consequentemente, novas ondas da doença. O mesmo fenômeno já acontece com outras vacinas.

A grande preocupação que os brasileiros criaram com a questão da imunidade é um terreno fértil para os criminosos que criam e espalham os boatos. De acordo com um relatório divulgado pela marca de suplementos Sundt, o número de pesquisas na internet sobre termos relacionados ao sistema imunológico cresceu até 2400% na pandemia. Assim, um resultado bem colocado nos buscadores pode enganar milhões de pessoas.

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Nesse ponto, o perigo está na falsa sensação de imunidade. Alguns boatos que tiveram muito alcance no começo da pandemia alegavam que receitas caseiras envolvendo frutas, como o abacate, deixariam o organismo imune contra o coronavírus. Apesar de fazer bem para o sistema imunológico, estes alimentos não têm eficácia nenhuma contra a Covid-19. Porém, uma pessoa que lê tais notícias falsas pode acabar se descuidando com as medidas verdadeiramente eficazes, como o distanciamento social e o uso de máscaras, acreditando que já estão protegidas.

Atualmente, isso já não é surpresa para mais ninguém, mas até Jair Bolsonaro divulgou perigosos boatos em suas redes sociais. Em agosto, o presidente postou no Facebook um estudo hipotético, citando o autor incorreto, e afirmou com veemência que as hipóteses eram verdadeiras, afirmando que aquele era um dos “melhores estudos” sobre a doença. A manchete dizia que a maioria da população mundial era naturalmente imune contra a Covid-19. O alcance das publicações de uma figura pública como Bolsonaro pode trazer consequências devastadoras, a partir da geração da falsa segurança.

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Além destes pequenos boatos e estudos tirados de contexto, ainda existe a visão falaciosa da imunidade de rebanho, usada por muitos políticos para justificar a volta ao normal antecipada das atividades cotidianas. Entretanto, cientistas já afirmaram que essa hipótese só seria possível após ampla vacinação.

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