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Coronavirus

Pesquisadores da Fiocruz alertam que óbitos e internações baixaram, mas ainda não é hora de relaxar

A desigualdade verificada nas aplicações da vacina país a fora, nos vários estados e municípios brasileiros recomenda que se continue tendo cautela

(Foto: Reuters/Sumaya Hisham)
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Denise Assis, para o 247 - Há quem esteja vivendo como se não houvesse amanhã. Circulam em aglomerações, falam de perto sem máscara, na certeza/esperança de que a Covid-19 seja condescendente, e em nome do bom comportamento que tiveram durante a fase aguda da doença, os alivie, agora que não anda com essa força toda.

O Observatório Covid-19 da Fiocruz, boletim da instituição divulgado nesta semana (29/04), porém, adverte: ainda não é hora de relaxar a este ponto. Apesar da manutenção da tendência de queda dos principais indicadores - casos, internações e óbitos – da pandemia, devido ao avanço da vacinação, a desigualdade verificada nas aplicações da vacina país a fora, nos vários estados e municípios brasileiros recomenda que se continue tendo cautela. Isto implica a combinação das medidas protetivas, tais como o uso de máscara em locais fechados, assim como a exigência do “passaporte vacinal” em prédios públicos, transportes públicos e espaços de trabalho.

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Os dados apresentados pelo Boletim Fiocruz mostram que há 83% da população do país vacinada com a primeira dose, 76,8% com o esquema vacinal completo e 40,4% com a dose de reforço, a terceira dose. A análise é referente às semanas epidemiológicas 15 e 16, período de 10 a 23 de abril. Mas é quando se observa a vacinação por regiões que as desigualdades se aprofundam.

O Boletim mostra, por exemplo, que São Paulo destaca-se em relação ao tamanho da população e percentuais de pessoas vacinadas. O estado conta com 89,8% da população vacinada com a primeira dose, 85,2% com a segunda e 50,6% com a terceira. Em outro extremo do país, há estados como Amapá e Roraima, com menos de 65% para a primeira, 50% para a segunda e 12% para a terceira dose.

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“Ainda é necessário ampliar a segunda dose e investir em grupos etários que tenham menor adesão à aplicação da vacina. Além disso, é fundamental reforçar a importância e a necessidade da terceira dose, que não pode ser vista apenas como uma dose extra”, alertam os pesquisadores, pelo Boletim.

É essencial a promoção de campanhas de sensibilização da população sobre a necessidade absoluta de aumentar a cobertura vacinal de reforço entre idosos e a aplicação das doses entre as crianças, destacam, ainda, os pesquisadores do Observatório da Fiocruz.

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A pandemia de Covid-19, com seus numerosos impactos diretos e indiretos, continua em transição e em uma nova fase em que se mantém a tendência de redução dos indicadores de casos, internações e óbitos. Os dados registrados nas semanas epidemiológicas 15 e 16 (10 a 23 de abril) mostram nova redução dos indicadores da intensidade de transmissão da Covid-19 no Brasil, sem que nenhum estado apresente tendência significativa de alta do número de casos, com a maioria registrando queda na incidência de casos novos, o que é, em certa medida, tranquilizador. 

Esta tendência também se manifesta nos casos de Síndrome de Respiração Aguda (SRAG), uma vez que, do total de casos monitorados nas últimas quatro semanas, a proporção de casos por Sars-CoV-2 correspondeu a 35% dos casos com resultado laboratorial positivo (durante grande parte da pandemia esta proporção foi em torno de 95%). Mantido o atual padrão, espera-se para as próximas semanas a tendência de redução também dos indicadores que mais preocupam a população e os serviços de saúde: a mortalidade e a internação em UTI por Covid-19. Até lá, porém, convém atenção, principalmente nas regiões com baixa vacinação.

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Assim, consolida-se no cenário atual a melhoria de um conjunto importante de indicadores. Porém, a pandemia não acabou e seus riscos continuam presentes, de modo que a transição para as próximas fases deve vir acompanhada de planos e planejamento de curto, médio e longo prazos. A principal delas, a ampliação da vacinação, atingindo regiões com baixa cobertura e doses de reforço em grupos populacionais mais vulneráveis (principalmente população mais idosa e pessoas imunocomprometidas). Isto pode reduzir ainda mais os impactos da pandemia sobre a mortalidade e as internações. Que o governo faça a sua parte, promovendo campanhas de esclarecimento.

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