Reportagem mostra falta de equipamentos de prevenção ao coronavírus para entregadores de aplicativo
Os trabalhadores mandaram mensagens para os clientes pedindo gorjeta para comprar máscaras e álcool em gel. "Nós entregadores dos app Rappi e Ifood estamos entrando em contato com todos os clientes pedindo colaboração de uma gorjeta, pois estamos expostos ao coronavírus e os app não estão reconhecendo isso"
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247 - A fragilidade da relação informal entre os entre os empregados e as empresas de delivery, mostra reportagem de Folha de S. Paulo sobre a situação dos entregadores cadastrados em plataformas digitais. Os trabalhadores reclamam da falta de assistência pela empresa e o governo. Pedem para o Ministério da Saúde incluí-los nos grupos prioritários na campanha de vacina contra a gripe, como o ministério fez com outras categorias.
O médico infectologista e consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia, Munir Ayub, concorda com a demanda. A vacina, apesar de não proteger contra a Covid-19, combate casos de gripes em pessoas mais vulneráveis e pode diminuir o fluxo de pessoas nos hospitais.
“O ideal é uma portaria extra para incluí-los, mas há uma quantidade de vacinas limitadas. Não é simples. Como vai provar quem é motoboy? O serviço de entrega normalmente não tem vínculo empregatício”, diz Ayub.
A central sindical União Geral dos Trabalhadores (UGT) solicitou reunião por teleconferência com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, para levar as demandas dos entregadores.
“Queremos mostrar a nossa condição, porque não adiantar fechar o restaurante e, se não tiver cuidado para os entregadores, o vírus poderá se espalhar”, disse o presidente do sindicato dos motoboys do Estado de São Paulo (SindimotoSP), Gilberto Almeida dos Santos.
Falta de equipamentos na prevenção ao vírus
Os entregadores também reclamam não receber equipamentos adequados para prevenir contra o coronavírus em meio à pandemia. Clientes do Rappi, por exemplo, receberam mensagens dos trabalhadores pedindo gorjeta para comprar máscara e álcool em gel. "Nós entregadores dos app Rappi e Ifood estamos entrando em contato com todos os clientes pedindo colaboração de uma gorjeta, pois estamos expostos ao coronavírus e os app não estão reconhecendo isso", dizia o texto.
O Ministério Público do Trabalho emitiu nota exigindo que empresas de transporte de mercadorias e de passageiros por plataformas digitais forneçam para o entregador álcool em gel, lavatórios com sabão e papel toalha, serviço de higienização para os veículos e água potável.
Porém. sindicalistas e motoqueiros afirmam que as regras orientadas pelo Ministério Público do Trabalho ainda não foram cumpridas. “Álcool gel não nos deram nem o cheiro”, ironiza um trabalhador. “Eu comprei o meu, mas muitos não têm condição financeira”, ressalta.
Confira a reportagem na íntegra aqui.
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