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CPI Covid

CPI da Covid cria sete núcleos para analisar mais de um terabyte de dados

“Essa divisão é muito importante para podermos cobrir todos os pontos”, afirmou o senador Humberto Costa

(Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)
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Rede Brasil Atual - Os senadores da CPI da Covid vão utilizar o período de recesso parlamentar para aprofundar a análise de documentos sobre as ações e omissões do governo Bolsonaro durante a pandemia de covid-19 no Brasil. São mais de 1 terabyte de arquivos que foram requisitados pela comissão, o equivalente a cerca de 6,5 milhões de páginas de documentos. Para acelerar os trabalhos com vistas a apresentação do relatório final, foram criados sete núcleos específicos.

“Essa divisão é muito importante para podermos cobrir todos os pontos”, afirmou o senador Humberto Costa (PT-PE), em entrevista a Marilu Cabañas no Jornal Brasil Atual desta segunda-feira (19). Uma das prioridades, segundo o parlamentar e ex-ministro da Saúde, é investigar as denúncias de corrupção na compra de vacinas.

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Na última sexta-feira (16), o jornal Folha de S.Paulo divulgou um vídeo em que o então ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, aparece negociando com intermediários a aquisição de 30 milhões de doses da CoronaVac. Os representantes da empresa World Brandes ofereceram os imunizantes por quase o triplo do valor (US$ 28 por dose) estabelecido pelo Instituto Butantan, que produz as vacinas em parceria com o laboratório chinês Sinovac.

De acordo com o senador, é mais um exemplo de “absoluto fracasso de gestão” do ministério da Saúde. Para ele, o vídeo compromete Pazuello ainda mais. À CPI, o general chegou a negar que participasse diretamente das negociações das vacinas. Estas, segundo ele, eram tratadas no “nível administrativo” do ministério.

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“Mais uma empresa sem credibilidade, levada por pessoas sem qualquer tipo de credencial. Negocia valores e quantidades de vacinas que não tem. E ainda tem acesso ao ministro da Saúde, que disse que assinaria um memorando de entendimentos”, comentou.

Os núcleos

Costa vai investigar a atuação dos hospitais federais. Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice presidente da CPI, cuidará da atuação de empresas intermediárias que negociaram vacinas com o Ministério da Saúde. Simone Tebet (MDB-MS) trabalhará especificamente no caso da Precisa/Covaxin. Otto Alencar (PSD-BA) cuidará de negacionismo e demais questões sanitárias. Alessandro Vieira (Sem partido-SE), dos esquemas de notícias falsas durante a pandemia. Os tratamentos com remédios sem eficácia contra a covid-10, como a cloroquina e a ivermectina, ficarão a cargo de Rogério Carvalho (PT-SE). Por fim, Eliziane Gama (Cidadania-MA) será responsável pela apuração das novas denúncias de corrupção envolvendo a empresa de logística VTC Operadora de Logística.

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CPI da Covid e os novos depoimentos

Posteriormente, no retorno dos trabalhos formais da CPI, um dos primeiros a prestar depoimento deverá ser o sócio da Vitamedic, José Alves Filho. O laboratório é o principal produtor da ivermectina no Brasil. A própria empresa enviou dados à comissão apontando que a venda de caixas do medicamento aumentou em mais de 1.000%, passando de quase 6 milhões em 2019 para quase 76 milhões em 2020. Além disso, a empresa patrocinou anúncios nos principais jornais do país do grupo Médicos pela Vida, em defesa do chamado “kit covid”.

Costa relatou as “relações promíscuas” entre médicos e os laboratórios que produzem tais medicamentos. Nesse sentido, ele pretende também convocar o presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Mauro Ribeiro, que adotou postura complacente diante de tais práticas. “Além de representar crime de charlatanismo, também representa, por parte dos médicos que participaram dessa movimentação, uma grave infração à ética médica.”

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O deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo Bolsonaro, também deverá ser ouvido pela CPI em agosto. Ele é suspeito de se beneficiar de esquema de superfaturamento na venda da vacina Covaxin. Por outro lado, ele também estaria envolvido no mais recente escândalo que apura pagamentos mensais de propina a políticos e servidores ligados ao Ministério da Saúde via VTCLog, empresa privada que armazena e distribui vacinas.

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