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CPI Covid

Rogério Carvalho denuncia Bolsonaro à PGR por lobby em favor de empresas da cloroquina

Com as evidências cada vez maiores de que Bolsonaro fez lobby para empresas produtoras de cloroquina, o senador Rogério Carvalho decidiu entrar com denúncia na PGR. As investigações na CPI da Covid orientam-se cada vez mais para a “pista do dinheiro” da cloroquina

Rogério Carvalho e Bolsonaro segurando caixa de cloroquina (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado | Adriano Machado/Reuters)
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247 - O senador Rogério Carvalho (PT-SE) anunciou, nesta quinta-feira (10), que irá acionar a Procuradoria Geral da República (PGR) contra Jair Bolsonaro. A denúncia será baseada em documentos da CPI da Pandemia que comprovam que Bolsonaro intercedeu diretamente em favor de duas empresas privadas na compra de insumos para a fabricação de hidroxicloroquina, remédio comprovadamente ineficaz contra a Covid-19.

 “Vamos denunciar Bolsonaro na PGR.O Globo apresenta provas graves de que ele agiu diretamente para favorecer empresas,enganar o Brasil c/ a cloroquina,e ignorar a vacina da Pfizer. Bolsonaro precisa responder pelo tráfico de influência e por expor os brasileiros ao risco de morte”, afirmou o senador sergipano no Twitter.

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Jair Bolsonaro fez lobby para que duas empresas brasileiras recebessem da Índia insumos para a produção de cloroquina, um remédio usado contra a malária, mas que foi empurrado para a população brasileira como solução milagrosa contra a covid-19, colocando o Brasil em risco e na liderança das mortes pela doença. É o que aponta reportagem de Paulo Cappelli, publicada nesta quinta-feira, no jornal O Globo.

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"Jair Bolsonaro atuou diretamente em favor de duas empresas privadas solicitando ao primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, em abril do ano passado que acelerasse a exportação de insumos para a fabricação de hidroxicloroquina, medicamento comprovadamente ineficaz contra a Covid-19. Um telegrama secreto do Ministério das Relações Exteriores em posse da CPI da Covid no Senado contém a transcrição do telefonema feito por Bolsonaro no qual o presidente cita nominalmente as empresas EMS e Apsen ao pedir que a Índia liberasse a exportação dos produtos. Senadores da comissão avaliam que a ligação é prova importante do envolvimento pessoal do presidente com o fornecimento para o Brasil do remédio sem eficácia", escreve o jornalista.

Nas próximas semanas, a investigação da Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid no Senado irá apresentar publicamente os resultados das investigações dos senadores sobre a “pista do dinheiro” da cloroquina. Sem alarde, os senadores do G7, grupo majoritário da CPI, inauguraram a nova etapa ao incluir no rol de convocações aprovadas nesta quarta-feira o nome do empresário bolsonarista Renato Spallicci.Spallicci é presidente da Apsen Farmacêutica. Vem a ser o maior fabricante de hidroxicloroquina do país. A empresa assinou em 2020 dois empréstimos com o BNDES, o banco estatal presidido por Gustavo Montezano, amigo de infância dos filhos de Bolsonaro, lembra Josias de Souza. Juntos, os financiamentos do BNDES à Apsen somam R$ 153 milhões, dos quais R$ 20 milhões já foram liberados.

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