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Cultura

Atores do filme da Lava Jato dizem que Dilma sofreu golpe

Os envolvidos no filme sobre a Operação Lava Jato, "Polícia Federal - A Lei É para Todos", que estreou esta semana, divergem se o processo de impeachment que resultou na perda do mandato da presidente eleita Dilma Rousseff foi um golpe ou não; enquanto os atores Antonio Calloni, Flávia Alessandra e Bruce Gomlevsky consideram que Dilma foi vítima de um golpe, o diretor da película, Marcelo Antunez, e o produtor Tomislav Blazic, porém evitaram dar uma opinião mais explicita sobre o assunto

Filme A Lei é para Todos (Foto: Paulo Emílio)
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247 - Os envolvidos no filme sobre a Operação Lava Jato, "Polícia Federal - A Lei É para Todos", que estreou esta semana, divergem se o processo de impeachment que resultou na perda do mandato da presidente eleita Dilma Rousseff foi um golpe ou não. Questionados pelo portal UOL sobre o assunto, atores, diretor e produtor manifestaram diferentes posições sobre o tema.

"A referência que a gente tem de golpe é o de 1964, que foi completamente diferente do que aconteceu agora. Eu não tenho dúvida de que houve tramoia, traições, complôs. Você pode chamar isso de golpe ou não, não me interessa. Eu quero saber o cerne da questão, o que tem de profundo nisso. Teve a legitimação da Câmara, do Senado. É difícil você falar em golpe, mas, ao mesmo tempo, se você tomar conhecimento de tudo o que aconteceu, os conchavos, aí você pode falar que foi. É só questão de nomenclatura. Mas que a coisa foi estranha, foi", disse o ator Antonio Calloni.

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"O que aconteceu, para mim, não tem a ver exatamente com um golpe de Estado. Acontece que a Dilma abriu mão de articular politicamente. Concordo, sim, que, se ela tivesse a articulação política que o Temer tem, ela não teria saído do governo. Eu acho que ela acabou se garantindo demais e deixou a linha de frente. O golpe, talvez, tenha acontecido mais nesse sentido. Dentro dos trâmites processuais, tudo foi realizado dentro do rigor da lei", afirmou a atriz Flávia Alessandra.

Já o ator Bruce Gomlevsky disse considerar o impeachment como um "golpe legislativo". "Acho, sim que, foi golpe. Um golpe legislativo, desse péssimo legislativo que a gente tem para nos representar. Isso não tem discussão. Mas, por outro lado, a questão que para mim é mais complexa é que parte da discussão está muito em cima da vitimização da Dilma. De ela vir e dizer "eu sofri um golpe". Não concordo com essa atitude porque, no fim das contas, quem colocou o PMDB no poder foi o próprio PT. No fim das contas, acho que tudo o que temos hoje é um grande golpe, de todos os lados", destacou.

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O diretor do filme, Marcelo Antunez, tentou uma saída mais política ao ser indagado sobre a questão. "Independentemente de qualquer coisa, acho que houve um conjunto de situações que estavam na mão do congresso decidir. Naquele momento, não havia entendimento entre os poderes. Deu no que deu. No governo Temer, também está acontecendo algo parecido. Eu não sei se a palavra golpe é a melhor palavra para ser usada neste caso. Sei é que houve interesses de várias partes, mas não cabe a mim julgar" afirmou

O produtor Tomislav Blazic tem uma opinião semelhante a do cineasta. Não cabe a nós dizer se foi golpe ou não. Hoje, o que me move mais é perceber a quantidade de partidos envolvidos em todos esses esquemas de corrupção. É algo assustador. Claro que nem todos os políticos são corruptos, mas, pelos cálculos que fizemos no filme, 80% dos partidos estão envolvidos com alguma coisa. Você fica assustado", disse.

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