Cinema verde e amarelo
Novo canal fechado exibir apenas filmes nacionais da ltima dcada, como o premiado Proibido Fumar, de 2008; o Movie Boz Brazil ser lanado em agosto
247, com informações da Agência Estado - O cinema nacional terá um espaço exclusivo na TV fechada. Produções que foram sucesso de bilheteria e filmes sem destaque na cena brasileira fazem parte da proposta do novo Movie Box Brazil, previsto para estrear em agosto. A iniciativa terá toda a programação destinada a produções da última década.
Além de divulgar produções esquecidas pelo grande público, o projeto tem como meta diminuir a pirataria, grande sabotadora das bilheterias. O investimento da nova emissora é de R$ 10 milhões, mas deve chegar a R$ 40 milhões. O canal visualiza o potencial desse cinema no exterior e quer mostrar filmes pequenos, médios e grandes para o restante da América, a Europa e parte da África. Por isso, o Brazil com “z”.
O incentivo ao cinema nacional começou após o grande prestígio do público nos últimos anos. De acordo com uma pesquisa do site Filme B, em 2001, 6,9 milhões de pessoas fizeram parte da bilheteria de produções nacionais. Em 2010, esse número cresceu para 25,6 milhões de pessoas. Atualmente, os filmes nacionais ocupam 19% do mercado, enquanto há dez anos, essa porcentagem era de 9,3%. Apesar dos avanços, premiados longas de produtores brasileiros não encontram patrocínio e público nas salas de cinema, ainda dominadas por grandes estreias de Hollywood. As produtoras nacionais chegam a lançar, em média, 90 longas por ano. Desses, apenas 30% chegam aos cinemas.
O premiado É Proibido Fumar (2008), por exemplo, foi sucesso de crítica em todos os lugares que esteve em cartaz. Porém, a bilheteria não correspondeu às expectativas por falta de divulgação na grande mídia. O filme foi visto por cerca de 50 mil pessoas – mesmo tendo Glória Pires como atriz principal. Já o Se Eu Fosse Você, protagonizado pela mesma atriz, registrou quase 10 milhões de expectadores. Os números mostram a grande preferência do público nacional por comédias. Com o novo espaço, a arte nacional busca atingir a mesma credibilidade em outros gêneros.
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