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Cultura

Débora Bloch: a cultura assusta o fascismo

Atriz fala de sua carreira, comenta a série ‘Segunda Chamada’ e afirma que omissão perante Bolsonaro é cumplicidade. Assista

Atriz Débora Bloch é Lúcia na série Segunda Chamada (Foto: Divulgação: Globo)
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Por Camila Alvarenga, do Opera Mundi - No programa 20 MINUTOS ENTREVISTA, o jornalista Breno Altman entrevistou a premiada atriz Débora Bloch sobre sua trajetória profissional e a situação política do país.

Ela reforçou o papel da cultura na atualidade como algo que provoca o pensamento crítico, “aponta para a verdade, propõe a liberdade e o amor, coisas que acho que para o atual governo fascista são muito assustadoras”. 

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A atriz, que disse que votará em Lula, defendeu que não se posicionar contra Bolsonaro é consentir com o seu governo, que diante do “nível de desumanidade, o não combate é falta de empatia e responsabilidade”.

Bloch afirmou gostar muito do Brasil, “mas que está sendo difícil gostar do Brasil de agora, em que a gente só vê tragédia, desmonte e desgoverno”. Ela também disse nunca ter imaginado que o tema do suposto combate à corrupção levaria à criação do bolsonarismo.

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“Acho que o que estamos vivendo é tão distópico que era difícil imaginar que aconteceria. Mas quando Bolsonaro surgiu, ficou tudo muito claro, o que ele era, o que pretendia e quais eram os valores, ou os não valores, dele”, refletiu.

Ela confessou que em certo momento apoiou a Operação Lava Jato, pois pensava que estava mostrando para o povo o que de fato acontecia nos bastidores da política e se decepcionou com o que vinha sendo divulgado, “porque eu sempre votei no PT e no Lula”. Entretanto, “as coisas se confundiram: não era uma luta contra a corrupção, era para dar um golpe”.

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Hoje em dia, a atriz ponderou que aqueles que seguem apoiando Bolsonaro são ignorantes e destacou que falta educação de base no Brasil. “É isso ou existe um fascismo encubado nas pessoas e isso é mais assustador”, agregou. 

Trajetória profissional

Bloch, filha do ator Jonas Bloch, contou que, quando jovem, chegou a pensar em não seguir a carreira de atriz. Pensou em se tornar bailarina e se inscreveu para o vestibular de História, “mas não teve jeito” e começou a fazer teatro. “Aí depois que você estreia fica difícil abandonar o palco”, enfatizou.

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Ela discorreu sobre sua trajetória na comédia, que culminou com sua atuação na TV Pirata: "Acho que o humor tinha uma linguagem com a que eu me identificava mais do que com as novelas. Quando eu fazia novelas [antes da TV Pirata], não queriam me chamar para fazer comédia. Depois não queriam me chamar para fazer novelas, apenas comédias. E eu sempre queria fazer coisas que não tinha feito ainda".

Sobre os papéis que mais marcaram sua carreira, citou o mais recente, o da professora Lucia em Segunda Chamada, em que ela luta contra o fechamento do EJA, o programa de educação para jovens e adultos, na escola onde trabalha.

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“Me marcou porque eu entrei no universo da educação pública, da educação para adultos. Conheci escolas, professores, alunos, assisti aulas, gravamos numa realidade muito dura, muito conhecida no nosso país. E me marcou principalmente o retorno que tive dos professores e alunos do EJA, porque antes de começar a gravar eu tinha a preocupação de que as pessoas se sentissem representadas, que não fosse uma caricatura ou algo estereotipado, então foi um prêmio sentir esse retorno”, discorreu.

Para o futuro, Bloch disse ver a indústria do audiovisual com bons olhos, menos machistas, com menos do chamado "culto à juventude". "Acho que isso tem a ver com o fato de ter mais mulheres escrevendo e dirigindo novelas e peças, existe um novo olhar", afirmou.

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