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Cultura

Duvivier: 'usar o nome de Jesus para pedir cartão de crédito é dez vezes mais ofensivo'

Ator Gregório Duvivier defende o personagem de Jesus gay no espacial do Porta dos Fundos para Netflix, e diz que que os setores conservadores “se sentiram mais empoderados no direito de impor suas opiniões sobre os demais” depois das eleições de 2018, que levaram Jair Bolsonaro ao poder

(Foto: Divulgação)
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247 - O humorista e escritor Gregório Duvivier defendeu o especial natalino  "A primeira tentação de Jesus", do Porta dos Fundos para a Netflix, no qual ele interpreta Jesus como gay e que gerou a ira fundamentalistas critãos. 

“A sexualidade de Jesus é o de menos. A ideia é mostrar um ser humano comum em dúvida sobre sua vocação”, diz Duvivier ao jornal El País. Ele acredita que os setores conservadores “se sentiram mais empoderados no direito de impor suas opiniões sobre os demais” depois das eleições de 2018, que levaram ao poder o ultradireitista Jair Bolsonaro.

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Duvivier criticou a decisão da promotora Barbara Salomão Spier, do Ministério Público (MP) do Rio de Janeiro, que solicitou “a imediata suspensão da exibição do programa” e uma multa de dois milhões de reais.

“O critério de ofensa é subjetivo, né?”, contesta Duvivier. “No meu caso, a violência pornográfica do Cristo de Mel Gibson [diretor de A Paixão de Cristo, de 2004] me ofenderia muito mais do que o Jesus ingênuo que a gente fez. O que muitos religiosos fazem no Brasil, usando o nome de Jesus para pedir cartão de crédito dos fieis, ganhando dinheiro em cima da fé alheia, é dez vezes mais ofensivo”.

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O humorista também questiona o argumento de que a produção ofende a maioria dos brasileiros. E o faz com um dado difícil de contestar: o episódio Se beber não ceie, vencedor do Emmy, foi a produção brasileira da Netflix mais vista na história da plataforma. “Isso mostra que a maioria está se divertindo e rindo com a gente. Duvivier também contesta o conceito de sagrado. " É fácil rir da maconha que é sagrada para o rastafári ou da vaca, que é sagrada para o hindu, porque a gente não conhece hindus. A gente só ri do que não conhece, mas essa ideia de que nada é sagrado está no cerne do humor".

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