CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
Cultura

Em novo livro, jurista Durval de Noronha Goyos Jr., sob heterônimo antifascista, disseca feridas do Brasil na crise da covid-19

Em crítica ácida à gestão da crise da Covid-19 no país, jurista Durval de Noronha Goyos Jr. traz contos e crônicas de seu heterônimo antibolsonarista escritos durante isolamento social

(Foto: Divulgação)
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

247 - Se transformar o ano de 2020 em obra literária foi uma tarefa buscada por muitos, seguramente foi conseguida por poucos. Cheio de novidades macabras, mudanças de rumos, de planos e equívocos na gestão da maior crise sanitária mundial de que se tem notícia no último século, 2020 teve, ainda, no Brasil, a insegurança com a qual a pandemia foi encarada, compreendida e (mal) administrada.

É com este cenário, observado de dentro de um tonel de vinho em seu refúgio para a terceira idade e grupos de riscos, que o autor António Paixão volta à tona – e ao tonel – com seu novo livro de contos e crônicas “Annus Horribilis – 2020 – Escritos da Barrica”, que será lançado neste dia 15 de abril pela editora Observador Legal.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Um dos pseudônimos do jurista Durval de Noronha Goyos Jr., que se vale desta prática romântica desde os anos 70, António Paixão se apropria na obra da máxima do “in vino véritas” e, ao se recolher a um grande tonel de vinho entre as vinícolas de São Roque, observa passo a passo o desencadear do ano passado enquanto também se protege da disseminação do coronavírus.

Com observação política cirúrgica e discurso elevado no combate do neofascismo, Paixão usa a arma das palavras para o combate à desinteligência que descreve em 39 contos, desde o surgimento da pandemia às possibilidades nunca comprovadas da transmutação em jacaré para quem tomasse o imunizante brasileiro.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Da embriaguez de seu tonel, Paixão vê tudo, de Jesus na goiabeira ao negacionismo da gripezinha, dos embates de compra de suplementos ao descontrole total, dos pseudoauxílios pandêmicos à realidade que transformava cada cidade então arrasada pela onda de morte e desemprego impressa pelo vírus.

Com prefácio do poeta e jornalista Adalberto Monteiro, “Annus Horribilis” não é apenas um documento de literatura. Segue como importante documento político literato de questionamento antifascista e ocupa seu lugar de combate usando as palavras como forma de contraponto às negações e certezas de terra plana. É um livro obrigatório e que, mesmo com as veias abertas da realidade brasileira, ainda faz rir e, ao rir, questionar – por que eu estou rindo?

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

“É um livro de combate. E desde Cervantes se soube que o humor é uma arma tão eficaz quanto a espada. António Paixão demonstra que a alegria, a ironia, o escárnio, são, por vezes, punhais mais eficazes que as armas convencionais”, escreve Monteiro no prefácio. Em outro trecho ele diz: “Este livro, ou esta adaga, como se queira, entre tantos aprendizados, apresenta-nos a lição de que o neofascismo não se enfrenta com a polidez de datas vênias ou tapas de luvas de pelica. Para esmagar o fascismo como a um inseto, parafraseando Carlos Drummond de Andrade, é necessário que a resistência tenha no seu arsenal a contundência da verdade e a virulência do escracho”.

Já em pré-venda com desconto promocional pelos sites das editoras Observador Legal e Anita Garibaldi, o livro de António Paixão é um dossiê sociopolítico sobre como o Brasil tratou seu maior inimigo em uma guerra que, hoje, já soma mais de 350 mil soldados perdidos, sem liderança e sem rumo, uma guerra horribilis e que parece estar longe do fim.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO


Quem é António Paixão

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

É um dos heterônimos literários de Durval de Noronha Goyos Jr., advogado, professor, jornalista e escritor, com obras publicadas em seu próprio nome e de pseudônimos, um dos quais é António Paixão. Sob este heterônimo, publicou “Shanghai Lilly”, em 2017; e “A História da Literatura Erótica e Meus Contos Malditos”, em 2018. Noronha descreve António Paixão como um desgraçado jornalista permanentemente desempregado, velhote neurastênico, enólogo voluntário, comunista, carioca e torcedor do Botafogo – que, em São Paulo, é corintiano e, em Portugal, torce pelo Vila Real.

Eclético, Noronha tem mais de 400 livros em acervos de bibliotecas acadêmicas nos seis continentes, conforme a WorldCat, com temas do universo do direito, relações internacionais, lexicografia, história e economia. Também escreve poesia, romances e biografias. Em 2020, lançou “O Escudeiro de São Jorge – Flavio La Selva e a Gaviões da Fiel”, publicado pela Observador Legal Editora e apresentado em Portugal, na Feira do Livro de Lisboa, na Festa do Avante e na Embaixada de Cuba. O livro é biografia do fundador da torcida organizada do Corinthians e foi escrito em parceria com Wanda La Selva, irmã do biografado.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Antes, Noronha havia lançado “O Crepúsculo do Império e a Aurora da China”, em 2012; “A Campanha da Força Expedicionária Brasileira pela Libertação da Itália”, em 2013; “Introdução à Revolução Cultural na República Popular da China: aspectos econômicos, sociais e políticos”, em 2016; “Os Monges Guerreiros de Goyos e a Ordem do Hospital em Portugal”, em 2018; e “A Constituição de Cuba de 2019 à luz do direito comparado”, em 2020.


Ficha Técnica:

Título: Annus Horribilis – 2020 – Escritos da Barrica

Autor: António Paixão

Editora: Observador Legal

Páginas: 336 páginas

Preço: R$ 55,00

Pré-venda com desconto promocional até dia 20/04/2021: http://observadorlegal.com.br/loja/annus-horribilis-2020/

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Carregando os comentários...
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Cortes 247

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO