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Cultura

“Fascismo” e “Comunismo” são os termos políticos mais pesquisados pelos brasileiros na internet

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A curiosidade dos brasileiros em relação a regimes políticos nunca foi tão grande como do meio de 2018 pra cá. “Fascismo” e “Comunismo” foram os dois termos políticos mais buscados no país no último mês, de acordo com as estatísticas do Google. Foram 550 mil pesquisas sobre Fascismo e 201 mil sobre Comunismo.

De acordo com o site REVIEWBOX, o interesse por estes termos vem desde as eleições presidenciais de 2018. Ambas as palavras foram amplamente usadas pelos candidatos durante as campanhas. Curiosamente, “Fascismo” era o termo correspondente a sistemas políticos menos pesquisado pelos brasileiros entre 2004 e 2018.

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Em 2018, o número de pesquisas com a palavra “fascismo” aumentou 643% em relação a 2017. A maior quantidade diária de buscas aconteceu exatamente no dia da votação do primeiro turno em 2018, boa parte relacionando o termo ao então candidato Jair Bolsonaro. Durante todo o ano, a dúvida mais digitada no buscador foi “O que é fascismo?”, seguida de “O que é intervenção militar”.

Se por um lado o interesse da população em conhecer mais sobre os regimes políticos é válido, por outro, isto pode representar também a desinformação, dando dicas dos motivos pelos quais os brasileiros acabaram elegendo um presidente fascista.

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Esta desinformação fica explícita ao analisar as buscas sobre o termo “Nazismo”: de acordo com as estatísticas do Google, o segundo termo mais buscado junto com “Nazismo” foi “Esquerda”, o que pode ajudar a potencializar ideias absurdas, como a que vem sendo difundida desde o ano passado: o movimento nazista foi ligado à esquerda. A pergunta “Nazismo é de esquerda ou de direita?” também é uma busca recorrente entre os brasileiros.

O interesse por esses termos apresenta outros perigos: portais de direita podem estabelecer estratégias para ter posições privilegiadas nos resultados das buscas e, assim, conseguir influenciar diretamente na ascensão de pensamentos infundados e que beneficiam a extrema-direita.

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Um bom exemplo disso é o levantamento publicado pelo The Intercept Brasil, mostrando como os canais no YouTube de extrema-direita foram beneficiados pelos algoritmos do YouTube durante a campanha presidencial, tendo papel crucial na formação do público eleitor de Jair Bolsonaro.

Cabe a nós estabelecer a consciência de que a “lógica algorítmica” não é neutra. Esta lógica, tão naturalizada nos meios virtuais e que decide quais conteúdos chegarão a cada internauta, pode perfeitamente ser manipulada e usada em benefício de quem pagar por isso.

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A partir desta conscientização, é essencial que a esquerda crie estratégias efetivas para tirar proveito do crescente interesse da população em pesquisar sobre estes termos, evitando que as dúvidas que os internautas têm sejam prontamente respondidas por fontes duvidosas, que tem como intenção principal fortalecer os movimentos da direita radical.

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