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Cultura

Ferréz: falta tirar da invisibilidade o que a periferia já faz

Escritor diz que a periferia já promove todos os tipos de atividades políticas e culturais, mas a sociedade como um todo não enxerga a riqueza desta região e suas iniciativas. “A periferia tem muita coisa e já faz muita coisa, o que falta é as pessoas acordarem”. Assista na TV 247

Ferréz (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247)
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247 - Novo comentarista semanal do programa Boa Noite 247, onde participará às terças-feiras, o escritor Ferréz, do Capão Redondo, zona sul de São Paulo, trouxe o olhar da periferia sobre a situação do Brasil, das fake news relacionadas à vacina e a opinião dos moradores sobre Jair Bolsonaro.Comentando a proposta do jurista Alysson Mascaro de criar pelo Brasil centros socialistas de discussão para romper com a lógica do capital, Ferréz afirmou que a iniciativa não tem chances de dar certo na periferia.

Segundo ele, as zonas mais pobres do país já contam com todos os tipos de atividades culturais, mas a elite brasileira não enxerga este fato. Para o escritor, é preciso tirar da invisibilidade os eventos promovidos por esses bairros, e não “reinventar a roda”.

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“O que falta é tirar da invisibilidade, o que falta é dizer: ‘tem um sarau na Zona Sul de São Paulo que junta 300 poetas anônimos e todos eles recitam, e tem público para assistir esses poetas anônimos. A maioria deles que não tem nem livros’. Falta tirar da invisibilidade o que a periferia já faz. A periferia tem muita coisa e já faz muita coisa, o que falta é as pessoas acordarem e falarem: ‘bom, isso aqui eu reconheço, eu participo, eu faço parte’. Por que é isso, o político sempre está de um lado e a população está do outro. Então como demonizaram a política fica muito mais fácil de dominar, mas a periferia já tem tudo, não adianta inventar nada. Se você falar, ‘quero um centro de discussões para pensadores marxistas’. Tem. É só você procurar no lugar certo que você vai achar. ‘Quero uma editora de periferia’. Tem. Gravadora de periferia tem, estúdio tem, tem tudo. O que não tem é a legitimidade, é tirar da invisibilidade, é você mostrar para o povo, o outro lado, da elite, que isso existe, é tirar mesmo da margem”, falou.

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