Festival Verão Sem Censura mostra que ditadura cultural de Bolsonaro perde força
Depois da guinada fascista de João Doria, a prefeitura de SP ensaia um retorno à agenda democrática através do secretário de Cultura Alê Youssef. E ele chega com os dois pés no peito da direita bolsonarista: vai fazer o festival Verão Sem Censura com todas as peças recém censuradas no país
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247 - Depois da guinada fascista de João Doria, a prefeitura de SP ensaia um retorno à agenda democrática através do secretário de Cultura Alê Youssef. E ele chega com os dois pés no peito da direita bolsonarista: vai fazer o festival Verão Sem Censura com todas as peças recém censuradas no país.
A reportagem do jornal Folha de S. Paulo destaca que "o responsável por trazer o pêndulo para a esquerda quando o tucano inclina para a direita é o secretário de Cultura, Alê Youssef, que ocupa o cargo desde janeiro deste ano. Sob a batuta do tucano, a prefeitura tem marcado em algumas frentes posições contrárias ao governo federal, comandado por Jair Bolsonaro (PSL). O prefeito disse à Folha em abril, por exemplo, que não aceitaria que livros didáticos retirassem a classificação de “golpe” para a ascensão dos militares ao poder em 1964."
A matéria ainda acrescenta que "na arena cultural, a divergência tem sido franca, com Youssef na linha de frente. No começo de 2020, ganhará corpo a medida mais radical nesse front. O festival Verão Sem Censura em São Paulo acolherá, segundo o secretário, todas as peças de teatro que foram e venham a ser censuradas no país. Ele diz que será uma resistência pró-ativa aos ataques que a classe artística tem recebido do governo federal e de instituições a ele vinculadas, como a Funarte e a Caixa Cultural."
PEÇAS QUE FORAM CENSURADAS
‘Abrazo’
O espetáculo da companhia Clowns de Shakespeare foi cancelado após estrear na Caixa Cultural do Recife, em setembro
‘Gritos’
O espetáculo, que tem uma travesti entre seus personagens, seria apresentado na Caixa Cultural de Brasília, mas foi suspenso
‘Caranguejo Overdrive’
O espetáculo havia sido programado pelo Centro Cultural Banco do Brasil no Rio de Janeiro. Produtores dizem que não houve justificativa para o cancelamento
‘Res Publica 2023’
A peça foi vetada pelo próprio diretor do Centro de Artes Cênicas da Funarte, Roberto Alvim, e acabou estreando no CCSP
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