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Cultura

Juca Ferreira quer levar a exposição que foi proibida para BH

Em seu perfil no Facebook, o ex-ministro da Cultura dos governos Lula (2008-2011) e Dilma Rousseff (2015-2016) criticou a decisão do Santander Cultural de cancelar antecipadamente a mostra, comparando a pressão feita contra a exposição por grupos ligados ao MBL com a censura do regime militar: “Os ecos do golpe de 1964 não nos deixam esquecer a tragédia de 25 anos de uma ditadura que se concretizou a partir da fabricação de um ambiente de instabilidade política, moralismo exacerbado, manipulação midiática e ruptura da coesão social. Não podemos nos enganar. A história se repete”

O ministro da Cultura, Juca Ferreira, participa de audiência pública na Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado sobre os desafios e suas prioridades à frente da Pasta (Marcelo Camargo/Agência Brasil) (Foto: Leonardo Attuch)
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Da revista Fórum

Envolvida em uma grande polêmica e cancelada devido a protestos, especialmente do MBL, a exposição “Queermuseu – Cartografias da diferença na arte brasileira”, que foi proibida de ser exibida no Santander Cultural, em Porto Alegre, no último domingo, pode ser transferida para Belo Horizonte. O evento foi inexplicavelmente interrompido graças à pressão de grupos de direita que fizeram um virulento ataque nas redes sociais contra a exposição.

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Com mais de 270 obras de 85 artistas, que exploravam a diversidade dos gêneros e de diversidade sexual, o secretário de Cultura de Belo Horizonte, Juca Ferreira, vê com “bons olhos” a proposta da exposição como uma oportunidade para a cidade. “Estamos estudando se seria viável. Não há nada de concreto ainda, precisaríamos levantar qual espaço cultural da cidade poderia abrigar a exposição, tem a questão de financiamento também. Já estamos na metade do ano, os recursos estão comprimidos, mas é extremamente importante dar continuidade à mostra. Não podemos legitimar a volta da censura, conquistamos esse amadurecimento. A arte precisa de liberdade para que ela se desenvolva”, destacou.

Em seu perfil no Facebook, o ex-ministro da Cultura dos governos Lula (2008-2011) e Dilma Rousseff (2015-2016) criticou a decisão do Santander Cultural de cancelar antecipadamente a mostra, comparando a pressão feita contra a exposição por grupos ligados ao MBL com a censura do regime militar: “Os ecos do golpe de 1964 não nos deixam esquecer a tragédia de 25 anos de uma ditadura que se concretizou a partir da fabricação de um ambiente de instabilidade política, moralismo exacerbado, manipulação midiática e ruptura da coesão social. Não podemos nos enganar. A história se repete”.

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Gaudêncio Fidelis, curador da mostra, acredita que a obra seria bem recebida em BH. A pressão viria de uma minoria conservadora. “A questão da logística poderia ser um dificultador, mas eu gostaria que qualquer lugar do país tivesse condições técnicas para receber a mostra. Foi um desrespeito com a curadoria e com os artistas selecionados. É um trabalho realizado desde 2010. Isto abre uma brecha sem precedentes no país. Capturaram e editaram imagens fora do contexto, criaram uma falsa narrativa. Foi um movimento orquestrado e conservador”, observa.
Entre os autores expostos na “Queermuseu”, estavam Adriana Varejão, Alfredo Volpi, Cândido Portinari, Clóvis Graciano e Ligia Clark. A mostra reunia pinturas, gravuras, fotografias, colagens, esculturas, cerâmicas e vídeos.

Devolução

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O Banco Santander comunicou que irá devolver à Receita Federal os R$ 800 mil captados via Lei Rouanet para a realização da exposição. Aberta no dia 15 de agosto e prevista para acontecer até 8 de outubro, a “Queermuseu” reuniu cerca de 20 mil visitantes no Sul do país.

No Facebook, internautas criaram uma página em apoio à vinda da exposição ‘Queermuseu’ para a capital mineira. Horas depois da criação do evento, mais de 600 pessoas já se diziam interessadas. “Esta página tem por objetivo reunir pessoas que apoiam a reabertura da mostra! Viva a arte! Viva a liberdade!”, diz a página.

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*Com informações de O Tempo

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