CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
Cultura

Mia Couto presta sua homenagem a Gabo

"Ele terá que morrer várias vezes, porque a vida dele está na obra", disse o escritor moçambicano Mia Couto

"Ele terá que morrer várias vezes, porque a vida dele está na obra", disse o escritor moçambicano Mia Couto (Foto: Leonardo Attuch)
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

Mariana Tokarnia - Repórter da Agência Brasil 

O biólogo e escritor moçambicano Mia Couto, vencedor do Prêmio Camões em 2013, fez hoje (18) uma breve homenagem ao escritor colombiano Gabriel García Márquez durante debate na 2ª Bienal Brasil do Livro e da Leitura. Couto disse que a vida de Márquez perpetua na obra deixada. "Ele terá que morrer várias vezes, porque a vida dele está na obra", disse.

Gabriel García Márquez morreu na tarde de ontem (17), em casa, na Cidade do México, aos 87 anos. Ele nasceu em Aracataca, na Colômbia, no dia 7 de março de 1927. Além de escritor, era também jornalista. Entre seus livros mais conhecidos, estão Cem Anos de Solidão e O Amor nos Tempos do Cólera. Foi também ganhador do Prêmio Nobel de Literatura de 1982. O escritor recebeu várias homenagens na bienal

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Couto participou do debate Tradição e Atualidade da Literatura de Língua Portuguesa. O escritor citou o Brasil como referência. "Tive uma grande ligação com a literatura brasileira". Antes da literatura, ele disse que o contato com o Brasil foi pela música. O sotaque brasileiro foi o primeiro da língua portuguesa com o qual teve contato.

"Morava em uma cidade de praia quando pequeno e, da nossa varanda, eu escutava Dorival Caymmi. Esse sotaque me fazia pensar no mar, pensava que ali estava escrito não só uma variante da nossa língua, mas uma musicalidade que só a voz podia ter". Ele citou como escritores que fizeram parte da formação Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade e João Guimarães Rosa.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Apesar de ter tido contato com a literatura brasileira desde cedo, em entrevista ao Portal EBC ele disse acreditar que o intercâmbio de obras de língua portuguesa ainda não é motivo para comemorações. “Esse intercâmbio ainda é pior do que quando havia ditadura no Brasil, em Moçambique ou em Portugal. É estranho que em um período de ditadura houvesse uma maior circulação de livros do que agora”.

A Bienal do Livro ocorre em Brasília, até segunda-feira (21). A entrada é gratuita. A programação está disponível na página do evento http://www.bienalbrasildolivro.com.br .

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247,apoie por Pix,inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Cortes 247

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO