Música brasileira é atração do Festival É Tudo Verdade

Lucas Reginato _247 - Desde 1996, o Festival É Tudo Verdade é responsável por trazer à tona o gênero documentário por uma semana no cenário cultural brasileiro. Se durante todo o resto do ano são as obras de ficção que lotam as salas de São Paulo e Rio de Janeiro, a partir do dia 22 de março serão as obras verídicas que vão entreter o público das capitais.

Nesta semana, a organização do festival, que tem o crítico e fundador Amir Labaki à frente, anunciou os filmes que vão abrir a programação oficialmente. Tropicália, produção da Bossa Nova Films, vai ser exibido no dia 22 de março em São Paulo. O longa dirigido por Marcelo Machado resgata as origens e estopins do movimento liderado por Caetano Veloso e Gilberto Gil na década de 60 por meio de depoimentos e cenas de arquivo.

Mais do que a história musical do País, o filme faz um paralelo com o contexto político – o endurecimento da ditadura militar simbolizado pelo Ato Institucional nº 5 de 1968 – e como a televisão se apropriou da música popular brasileira e transformou-a em grande sucesso de público com os festivais da época.

Já no Rio de Janeiro, o documentário responsável por abrir o É Tudo Verdade será Jorge Mautner – O Filho do Holocausto, que retrata a vida de um homem que se transformou de um refugiado de guerra a um dos arquitetos da música brasileira. A história de Jorge Mautner foi recuperada pelos diretores Pedro Bial e Heitor D´Alincourt.

As sessões de abertura são exclusivas para convidados, mas os longas vão ser exibidos outras vezes durante a realização do festival. Todas as outras sessões são abertas ao público, que vai poder conferir gratuitamente cerca de cem documentários, entre nacionais e estrangeiros.