O racismo é naturalizado no jornalismo brasileiro, diz pesquisadora
Em entrevista à TV 247, a jornalista Tatiana Oliveira, que produziu uma pesquisa na USP relacionada à abordagem de três revistas sobre a implementação das cotas nas universidades, destaca que "a Lei da Abolição da Escravidão, de 1888, não libertou a população negra na prática"; assista
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247 - "O racismo é algo naturalizado no jornalismo brasileiro". Essa é afirmação da jornalista Tatiana Oliveira, que produziu recentemente uma pesquisa de mestrado na Universidade de São Paulo (USP), na qual expôs o racismo midiático presente na abordagem da implementação das cotas raciais nas universidades, criada em 2001 como resposta aos indicadores elevados de desigualdade social que atingem a população negra.
Para fazer a pesquisa, ela abordou a análise de discurso de três revistas com grande circulação nacional: Carta Capital, Veja e Caros Amigos.
A pesquisadora constatou que a revista Veja "é conservadora e totalmente contrárias às cotas, a revista Caros Amigos progressista, mais à esquerda, e a Carta Capital em cima do muro, principalmente no que tange o racismo".
Tatiana lembra que a grande mídia é controlada por um grupo seleto de famílias que representam seus interesses econômicos. "E o pensamento elitista se torna majoritário", pontua.
Ela faz um resgate histórico ao explicar o racismo estrutural e destaca "que a Lei da Abolição da Escravidão, de 1888, não libertou a população negra na prática". "É só pegarmos o exemplo de uma família que é abatida com 200 tiros quando ia para um chá de bebê", exemplifica, referindo-se ao assassinato do músico Evaldo Rosa dos Santos, alvo de militares na região centro-oeste do Rio de Janeiro.
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