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Cultura

Pablo Villaça explica por que cancelou a Netflix

O crítico de cinema Pablo Villaça, um dos mais respeitados do País, diz que sua decisão de cancelar a Netflix não foi tomada simplesmente pelo choque e pela repulsa diante do que foi feito em O Mecanismo. "Esta foi apenas a gota", afirma. "Basicamente, minhas ressalvas à Netflix envolvem três áreas: Cinema, ética corporativa e política". Segundo ele, a série de José Padilha é "uma tremenda irresponsabilidade em tempos como os nossos" e traz "graves mentiras (como atribuir a Lula a famosa conversa entre Romero Jucá e Sérgio Machado, sobre 'estancar a sangria')"

O crítico de cinema Pablo Villaça, um dos mais respeitados do País, diz que sua decisão de cancelar a Netflix não foi tomada simplesmente pelo choque e pela repulsa diante do que foi feito em O Mecanismo. "Esta foi apenas a gota", afirma. "Basicamente, minhas ressalvas à Netflix envolvem três áreas: Cinema, ética corporativa e política". Segundo ele, a série de José Padilha é "uma tremenda irresponsabilidade em tempos como os nossos" e traz "graves mentiras (como atribuir a Lula a famosa conversa entre Romero Jucá e Sérgio Machado, sobre 'estancar a sangria')" (Foto: Leonardo Attuch)
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247 – O crítico de cinema Pablo Villaça, um dos mais respeitados do País, diz que sua decisão de cancelar a Netflix não foi tomada simplesmente pelo choque e pela repulsa diante do que foi feito em O Mecanismo. "Esta foi apenas a gota", afirma. "Basicamente, minhas ressalvas à Netflix envolvem três áreas: Cinema, ética corporativa e política". Segundo ele, a série de José Padilha é "uma tremenda irresponsabilidade em tempos como os nossos" e traz "graves mentiras (como atribuir a Lula a famosa conversa entre Romero Jucá e Sérgio Machado, sobre 'estancar a sangria')".

Confira, abaixo, sua análise publicada no Cinema em Cena:

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POR QUE CANCELEI A NETFLIX E ACREDITO QUE VOCÊ TAMBËM DEVERIA FAZÊ-LO – PARTE I

O primeiro filme que vi na Netflix foi Scarface, em 30 de março de 2012. Desde então, mantive minha assinatura sem interrupções – e sempre em seu plano mais caro, já que frequentemente todos em casa estávamos assistindo aos títulos da plataforma simultaneamente.

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E agora, seis anos depois, cancelei o serviço.

Quem me acompanha nas redes (no Twitter, no Instagram ou no Facebook) deve ter visto que falei sobre minha decisão por considerar o lançamento da série O Mecanismo, de José Padilha, como uma tremenda irresponsabilidade em tempos como os nossos, condenando suas graves mentiras (como atribuir a Lula a famosa conversa entre Romero Jucá e Sérgio Machado, sobre “estancar a sangria”) e suas manipulações narrativas desde o primeiro episódio para demonizar a esquerda. Além disso, ao ver a eterna candidata Marina Silva usando a morte de Marielle Franco para divulgar um trabalho que ela sabia ser crítico à esquerda, fui tomado, confesso, por uma raiva que por alguns momentos diminuiu consideravelmente minha racionalidade.

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(Aqui devo abrir parênteses para esclarecer algo: nunca escrevi sobre política no Cinema em Cena – a não ser ao discutir os temas de filmes que exigiam isto. O objetivo deste texto tampouco é falar do assunto, que reservo para minhas redes sociais particulares. Dito isso, aqui e ali serei obrigado a tocar em algumas questões que julgo relevantes – mas não se preocupem: como faço há 20 anos, não transformarei o site em espaço para discutir questões alheias ao Cinema.)

No entanto, mesmo passada a raiva, minha decisão de cancelar a Netflix se manteve. Porque não foi tomada simplesmente por meu choque e por minha repulsa diante do que foi feito em O Mecanismo; esta foi apenas a gota d’água para fazer algo sobre o qual eu já vinha refletindo há tempos. A Netflix é muito eficaz em suas propagandas e em se pintar como uma corporação cool que ama o audiovisual e a ética; infelizmente, assim como ocorreu com o Facebook, que seguia o mesmo caminho ao afirmar querer apenas aproximar as pessoas e se revelou uma plataforma de intolerância que passava os dados confidenciais de seus usuários para outras empresas, o serviço de streaming aos poucos foi permitindo que víssemos outras facetas que tornavam difícil comprar seu discurso bonitinho.

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Basicamente, minhas ressalvas à Netflix envolvem três áreas: Cinema, ética corporativa e política. Algumas são certamente preciosismo e, por si só, jamais me levariam a abandonar a plataforma; somadas a todos os outros itens, porém, acabam tornando o quadro ainda mais feio. Aliás, as razões por trás de minha decisão são tantas que serei obrigado a dividir este artigo em duas partes – e a segunda, que publicarei em dois ou três dias, não apenas revelará questões muito mais gravescomo incluirá também algumas alternativas à Netflix, já que reconheço a importância de termos boas opções de streaming.

Leia a íntegra no Cinema em Cena

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