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Cultura

Porta dos Fundos desrespeita as figuras sagradas, mas a censura é inadmissível, avalia pastor

Em entrevista à TV 247, o pastor Fábio Bezerril criticou a censura praticada pelo desembargador Benedicto Abicair, do Rio de Janeiro, que determinou a retirada da Netflix da produção do Porta dos Fundos. “Uma decisão como essa fecha o diálogo. Eu sou um crítico ao vídeo, mas jamais pediria para tirar da plataforma”, explicou. Para ele, o episódio "é muito desrespeitoso” com as figuras sagradas. Assista

Pastor Fábio Bezerril (Foto: Brasil247 | Reprodução)
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247 - O pastor Fábio Bezerril Cardoso conversou com a TV 247 acerca da decisão do desembargador Benedicto Abicair, da 6ª Câmara Cível, de tirar do catálogo da plataforma de streaming Netflix o vídeo do “Especial de Natal Porta dos Fundos: A Primeira Tentação de Cristo”. Interpretada como censura, a ordem do desembargador foi analisada e criticada pelo pastor, que também faz críticas à produção de humor.

Fábio explicou que, apesar de discordar do que foi apresentado pela obra do Porta dos Fundos, não tolera que o produto seja retirado do ar porque a atitude impede a prática do diálogo e fere a liberdade de expressão. “Eu não concordo com a censura que foi feita ao Porta dos Fundos, não concordo. Eles têm o direito de fazer humor, e fazer humor com o que eles quiserem, mas também não sou obrigado a concordar com o humor deles. Essa decisão abre precedentes para outros tipos de censura. No Brasil precisa ter liberdade de expressão, só que quem tem essa liberdade de expressão precisa ser responsável também porque tem que aprender a escutar críticas. A esquerda perdeu o mundo evangélico por falta de diálogo, precisa ter diálogo. Uma decisão como essa fecha o diálogo. Eu sou um crítico ao vídeo, mas jamais pediria para tirar da plataforma”.

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O pastor esclareceu os motivos pelos quais não aprovou o especial de Natal do Porta e falou que é preciso entender que o que foi satirizado pela produção é visto como sagrado por muitas pessoas, desta forma, seria intolerante pensar que “o que é sagrado para você não é sagrado para mim”. Ele ressaltou ainda que não vê problema no fato de Jesus Cristo ser retratado como homssexual na obra. Para ele, este ponto amplia o diálogo sobre a questão da homossexualidade. “Entendo que o Porta dos Fundos mexeu com algo que é sagrado para os cristãos, não estou falando da questão do Jesus gay, eu não teria problema algum de ter um Jesus gay. Quem me conhece sabe que eu defendo uma teologia inclusiva e pago um alto preço por conta disso na Igreja Evangélica. As figuras com que eles mexem ali são figuras sagradas para o cristianismo, inclusive para o judaísmo e islamismo, por que eles colocam a figura de Deus, Ala e Javé como um cara mentiroso, que não está nem aí para nada, então é muito desrespeitoso”.

Inscreva-se na TV 247 e assista à entrevista na íntegra:

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