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Cultura

Rachel Weisz é ponto alto de "Amor Profundo"

Britânico Terence Davies compõe mais um fino retrato de época no drama romântico "Amor Profundo", em que a atuação incandescente de Rachel Weisz é uma das joias à vista; numa Inglaterra ainda exibindo as cicatrizes dos intensos bombardeios sofridos na 2a Guerra Mundial, em 1950, Rachel interpreta Hester Collyer, a esposa insatisfeita de um juiz mais velho, William Collyer (Simon Russell Beale), que se envolve com um ex-piloto, Freddie Page (Tom Hiddleston)

Rachel Weisz é ponto alto de "Amor Profundo" (Foto: Divulgação)
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SÃO PAULO, 9 Mai (Reuters) - Cineasta da crônica intimista e da memória, em filmes como "Vozes Distantes" (1988) e "O Fim de um Longo Dia" (1993), o britânico Terence Davies compõe mais um fino retrato de época no drama romântico "Amor Profundo", em que a atuação incandescente de Rachel Weisz é uma das joias à vista.

Numa Inglaterra ainda exibindo as cicatrizes dos intensos bombardeios sofridos na 2a Guerra Mundial, em 1950, Rachel interpreta Hester Collyer, a esposa insatisfeita de um juiz mais velho, William Collyer (Simon Russell Beale), que se envolve com um ex-piloto, Freddie Page (Tom Hiddleston).

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Com todos os ingredientes para um melodrama convencional, o roteiro, que parte de uma peça teatral de Terence Rattigan, e o tom sóbrio da direção instalam um clima intenso mas controlado, dentro do estilo habitual de Davies.

Ou seja, contando como aliados preferenciais a fotografia contrastada de Florian Hoffmeister -plena de claro-escuros que sublinham as contradições dos personagens-, a montagem precisa de David Charap e uma trilha sonora que combina a gravidade de um "Concerto para Violino e Orquestra" de Samuel Barber (1910-1981) com a alegria de canções populares da época, como "Molly Malone" e "You Belong to Me".

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A habitual contenção do diretor não economiza, no entanto, nenhuma emoção cabível num relato baseado na paixão. Assumindo com brilho próprio um papel que foi do mito Vivien Leigh numa versão cinematográfica anterior, de 1955, Rachel Weisz domina a tela com sua presença, alternando momentos sutis e desesperados, num crescendo que não incide jamais num excesso de atuação.

Com sua interpretação nuançada, a atriz permite que sua personagem expresse todos os temas que o filme carrega. Esta mulher à procura de um lugar no mundo, que só existe em função dos homens de sua vida -filha de um vigário (Oliver Ford Davies), esposa de um juiz, amante de um ex-soldado-, encarna, afinal, uma grande coragem ao ousar declarar sentimentos condenados pelas convenções sociais, procurando viver através deles, ainda que seja nítida a desproporção entre o que sente e o quanto é correspondida.

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Ao seu lado, o fino intérprete Tom Hiddleston exibe nuances interpretativas bem distintas daquelas observadas na aventura "Thor", na pele de Loki, o imprevisível irmão adotivo do herói do martelo. No papel do instável Freddie, preso ao passado na guerra e incapaz de amar Hester na mesma medida dela, ele cria a moldura para que se delineie um panorama realista desta relação em tempos turbulentos.

O filme estreia em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre e Florianópolis.

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(Por Neusa Barbosa, do Cineweb)

* As opiniões expressas são responsabilidade do Cineweb

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