Templo da música negra

Aline Oliveira e Ana Pupulin (fotos) _247 - O que esperar de uma casa que foi apadrinhada por B.B. King e recebeu shows de Nina Simone, Ray Charles, Wynton Marsalis, Betty Carter, Johnny Rivers, John Pizzarelli e muitas outras lendas da música?

“Que seja um templo da música negra”, respondeu o proprietário Edgard Radesca, parceiro do idelizador do projeto, Luis Fernando Mascaro, que há duas décadas tinha o sonho de trazer para o Brasil um clube que tivesse o clima de Nova Orleans.

O Bourbon Street demorou quatro anos para ficar pronto e toda a arquitetura - como as paredes de tijolo, os arcos de ferros e as janelas rústicas - foi minuciosamente projetada para assemelhar-se à rua do French Quarter, bairro central de Nova Orleans.

Não é exagero afirmar que, em dezenove anos de história, o Bourbon Street tornou-se uma das principais casas de jazz e blues do Brasil, conhecida internacionalmente, e que virou referência de boa música.

Por trás desse sucesso está o esmero de Edgard Radesca, que viaja anualmente para a cidade do jazz, nos EUA, e tem olhar certeiro para novos talentos. “A Esperanza Spalding tocou pela primeira vez no Brasil aqui no Bourbon, em 2006”, contou Radesca.

Outro grande acerto da casa são o festivais que ocorrem uma vez por ano, com centenas de shows, dentro Bourbon e nas ruas de Moema, bairro que abriga a casa.

Fora esses projetos, há apresentações de segunda à sábado e os dias dedicados ao jazz e ao blues são terça, quarta e quinta-feira, sendo que às quartas o grupo Hammond Grooves apresenta o “Na roda”, um show em que o público ouve e aprende sobre jazz.

Bourbon Street
Endereço: Rua Dos Chanes, 127 – Moema – São Paulo
Fone: (011) 5095-6100
Couvert Artístico: valor varia de acordo com show.
Às quartas o valor é R$ 35,00

Confira o especial do 247 sobre casas que têm jazz em São Paulo