Zé de Abreu: Bolsonaro não existe como presidente, ele ainda não assumiu
Em entrevista à TV 247, o ator explica o motivo de sua autodesproclamação do cargo de presidente da República; "Minha ideia era fazer um ministério sombra, mas eu comecei a ver que você só pode ser sombra de alguma coisa que existe, eu não posso ser o presidente sombra do capitão se ele não existe enquanto presidente. O Brasil não tem um presidente realmente, tem uma pessoa que foi eleita para ser presidente, mas que ainda não assumiu"
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247 - O ator e ex-presidente da República autoproclamado nas redes, Zé de Abreu, explicou que sua ideia com a brincadeira era criar um "ministério sombra", mas que 'não pode haver sombra de algo que não existe'. Em entrevista à TV 247, ele explicou por que se autodesproclamou da presidência da República.
"Minha ideia era fazer um ministério sombra mas eu comecei a ver que você só pode ser sombra de alguma coisa que existe, eu não posso ser o presidente sombra do capitão se ele não existe enquanto presidente. O Brasil não tem um presidente realmente, tem uma pessoa que foi eleita para ser presidente mas que ainda não assumiu".
Ele também explicou que seria um desrespeito comparar o ex-candidato à presidência da República em 2018 Fernando Haddad e o filósofo Mario Sergio Cortella com o ex-ministro da Educação, Vélez Rodriguez, do governo Bolsonaro. "Eu comecei a fazer um ministério sombra, mas não dá para você comparar o Haddad ou o Cortella com o Vélez, é um desprestígio. Eu não posso convidar eles para serem ministro sombra de um cara como esse, não há a menor possibilidade. Não há como você fazer um gabinete de sombra se não há um gabinete verdadeiro".
O ator disse que apesar dos momentos difíceis que o Brasil passa, é preciso manter-se sempre esperançoso. "Eu acho que a gente tem que ter esperança, tem que ter amor no coração, tem que ter fé, tem que achar que vai mudar. A ditadura demorou 21 anos mas passou, eu vivi durante 21 anos com essa desgraça mas passou".
Sobre a intenção de Bolsonaro de comemorar o golpe de Estado de 1964, Zé avaliou como uma atitude sem lógica. "Jamais esperaria um negócio desse, é um contrassenso o presidente eleito pelo povo fazer apologia da ditadura. Não dá para entender as pessoas apoiando tortura, morte, prisão, assassinato, desaparecimento... é um negócio inacreditável o que esse cara fez com o Brasil".
Ele ainda aproveitou para dar um recado aos apoiadores da ditadura militar. Se você apoia a ditadura, você é fascista, não adianta você vir com o papo de que ele foi eleito pelo povo, se você apoia a ditadura, tortura, assassinato e desaparecimento, você é fascista".
Perguntado sobre uma possível migração para a carreira política no âmbito regional, Zé de Abreu afirmou que prefere se manter como ator e continuar opinando sobre a situação política do país. "Uma vez o querido Lindbergh me perguntou sobre querer ser candidato a deputado federal e eu conversei com o Lula, com o Zé Dirceu e com mais gente e todo mundo me tirou isso da cabeça, não seria uma boa. Eu acho que a minha posição como ator é mais importante para a política brasileira, para o lado progressista eu acho mais importante continuar com a minha profissão, continuar na Globo e dando meus pitacos na política".
Na política nacional, Zé ainda ainda deixa uma porta aberta para alguma oportunidade que surgir. "Presidência da República é destino, não é política. Se o cavalo passar encilhado eu monto. Obviamente eu prefiro votar no Haddad ou no Lula daqui três anos, agora a gente não vai deixar a bola cair. Se eu precisar fazer um sacrifício, que seja no primeiro turno, para tirar um outro outsider de direita eu saio para competir".
Zé de Abreu conclui enviando um recado ao ex-presidente Lula, há um ano preso politicamente em Curitiba. "Presidente, agora eu vejo que o senhor tem razão. Com essa minha presidência, que foi usurpada do senhor pelas forças políticas e jurídicas do Brasil, o senhor hoje estaria sentado na sua cadeira de direito, eleito pela maioria do povo brasileiro, talvez no primeiro turno e eu não teria tido essa ideia de me autoproclamar presidente porque a cadeira é sua, presidente".
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