“A economia quer avançar, mas o Estado atrapalha”, diz presidente do Sebrae
Na contramão do discurso de Michel Temer, de que o Brasil está retomando o crescimento econômico, o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, avalia que a economia brasileira continua com dificuldades para se recuperar em consequência dos problemas políticos; "A economia parou de andar para trás e agora está letárgica. Isso ocorre porque a política atrapalha a economia. A economia está pronta para avançar, quem atrapalha é o Estado"; sobre a alta nas alíquotas do PIS/Confins, ele diz que "qualquer aumento de tributo não corresponde ao aumento da arrecadação"
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247 - Na contramão do discurso de Michel Temer, de que o Brasil está retomando o crescimento econômico, o presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Guilherme Afif Domingos, avalia que a economia brasileira continua com dificuldades para se recuperar em consequência dos problemas políticos. "A economia parou de andar para trás e agora está letárgica. Isso ocorre porque a política atrapalha a economia. A economia está pronta para avançar, quem atrapalha é o Estado", afirma.
Ao comentar sobre a alta nas alíquotas do PIS/Confins anunciada pelo governo Michel Temer, ele diz que "qualquer aumento de tributo não corresponde ao aumento da arrecadação".
"O governo esperava que, com o teto de gastos, o país tivesse condições de equilibrar as contas públicas, e isso influiria diretamente na taxa de juros. Com a taxa de juros em queda, teríamos um reaânimo da economia, no qual se consolidaria o aumento da arrecadação. Mas acontece que o aumento da arrecadação não aconteceu e os gastos previstos continuaram aumentando", acrescenta. A entrevista foi concedida ao Correio.
Questionado se o governo da mau exemplo, ao subir significativamente a liberação de emendas para garantir votos no Congresso e barrar denúncias contra Temer, o presidente do Sebrae afirma que "todo esse conjunto de ações demonstra que temos uma máquina pública que se retroalimenta".
"Se não temos uma política efetiva, uma guinada na condução do governo e uma estrutura política, o conflito com a sociedade não diminui. Falam em aumento de tributos para regular mercados, como seria o caso da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide)", diz. "Entretanto, no Brasil, é uma medida meramente arrecadatória. Agora, quando se conversa com uma autoridade, ela vai dizer: ‘é o que nos resta fazer para não ter um vão nas contas públicas’. Esse buraco só seria coberto com mais endividamento ou com emissão de moeda, que é inflacionária", continua.
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