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Economia

"A economia só vai ter chance de se recuperar quando a pandemia estiver dominada", diz Armínio Fraga

Ex-presidente do Banco Central afirma que "a economia só vai ter chance de se recuperar quando a pandemia estiver dominada. Há um consenso de que a reação do governo deixou muito a desejar, custando caro em número de vidas e em termos de PIB"

(Foto: World Economic Forum / Benedikt von Loebell)
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247 - O economista e ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga avalia que, além da questão fiscal, a atual crise brasileira está ligada a uma visão retrógrada, que passa longe de assuntos como a qualidade da democracia e meio ambiente. Para ele, a queda de 4,1% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, divulgada nesta quarta-feira (3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, aponta que “a economia só vai ter chance de se recuperar quando a pandemia estiver dominada”. 

“A economia só vai ter chance de se recuperar quando a pandemia estiver dominada. Há um consenso de que a reação do governo deixou muito a desejar, custando caro em número de vidas e em termos de PIB. Há a visão clara e pacífica de que, enquanto a pandemia não estiver superada, vai funcionar como um freio”, disse Fraga em entrevista ao jornal O Globo.

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Para o economista, uma “outra fonte de incerteza é a política geral. Já falei isso no passado e continuo achando que os efeitos qualitativos, como a questão ambiental, a resposta à crise sanitária e temas em geral ligados à qualidade da nossa democracia, como esses vários decretos sobre armas, criam um pano de fundo tenso”, destacou. 

Armínio Fraga também defendeu a manutenção do auxílio emergencial pago pelo governo enquanto durar a pandemia da Covid-19. “Como parecia previsível, o governo não tomou nenhuma medida considerada antipática para viabilizá-lo, mas antipático é jogar o país em outra recessão. A situação sanitária recomenda auxílio. Não há a menor dúvida: nenhum país cortaria esse auxílio, nas circunstâncias atuais, de maneira radical. Mesmo em uma situação nem tão ruim, haveria uma saída minimamente suavizada do auxílio”, afirmou.

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Ainda segundo ele, “no Brasil hoje, há elementos de crise política, institucional, da credibilidade do nosso arcabouço maior. O Brasil está com uma imagem externa ruim e, pior, com uma imagem interna também ruim, por isso o investimento aqui, que é o mais importante, está tão fraco”.

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