Aliados pressionam Meirelles a afrouxar meta fiscal
Diante da ameaça paralisação completa da máquina pública por falta de recursos, o governa já discute uma revisão da meta fiscal de 2017, de déficit primário de R$ 139 bilhões; o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, é contra a mudança; segundo interlocutores próximos a Meirelles, a própria permanência do ministro no cargo poderia ficar condicionada à preservação dos R$ 139 bilhões
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247 - O risco real de paralisação completa da máquina pública por falta de recursos (o chamado shut down) levou o governo a começar a discutir uma revisão da meta fiscal de 2017, de déficit primário de R$ 139 bilhões. A medida, no entanto, é polêmica. Ela conta com o apoio da ala política, mas não do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, para quem um aumento do rombo nas contas públicas agora seria um golpe na credibilidade de política econômica.
Os interlocutores da Fazenda destacam que, embora tenha feito avanços importantes na área fiscal ao fixar um teto para os gastos públicos, o governo não conseguiu aprovar a agenda mais crucial — a reforma da Previdência — e portanto não teria condições de arcar com os custos de alterar a meta.
Segundo interlocutores próximos a Meirelles, a própria permanência do ministro no cargo poderia ficar condicionada à preservação dos R$ 139 bilhões.
— Se a reforma da Previdência já tivesse sido aprovada, a conversa poderia até ser outra. Mas sem a reforma, que está cada vez mais distante, mexer na meta é muito ruim — disse um interlocutor do governo, lembrando que o compromisso fiscal é uma bandeira de Meirelles.
As informações são de reportagem de Martha Beck e Geralda Doca em O Globo.
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