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Economia

Alimentos e gasolina pressionam e IPCA tem maior alta para agosto em 4 anos

As maiores pressões em agosto foram exercidas pela gasolina, que subiu pelo terceiro mês seguido, e pelos alimentos

(Foto: ABR)
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(Reuters) - A inflação oficial do Brasil voltou a enfraquecer em agosto diante da pressão da queda nos preços de Educação, mas ainda registrou o maior nível para o mês em quatro anos diante da forte pressão da gasolina e dos alimentos.

Em agosto, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou alta de 0,24% depois de subir 0,36% no mês anterior, informou nesta quarta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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Apesar de ter enfraquecido na comparação mensal, a leitura é a mais alta para o mês de agosto desde 2016, quando o IPCA subiu 0,44%.

Além disso, o avanço acumulado em 12 meses até agosto chegou a 2,44%, acima dos 2,31% de julho, aproximando-se do piso do intervalo para a meta de inflação neste ano -- de 4%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos -- medida pelo IPCA.

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As expectativas em pesquisa da Reuters eram de alta de 0,23% em agosto, acumulando em 12 meses avanço de 2,42%.

As maiores pressões em agosto foram exercidas pela gasolina, que subiu pelo terceiro mês seguido, e pelos alimentos.

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"Essa alta de alimentos tem a ver com diversos fatores, como exportações maiores, em especial chinesa. Tem a ver também com o dólar que favorece essa exportação e tem efeito até do auxílio e da flexibilização das medidas de distanciamento", afirmou o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov.

Os preços da gasolina subiram 3,22% em agosto e levaram o grupo Transportes a acelerar a alta a 0,82%, de 0,78% em julho, exercendo o maior peso sobre o índice.

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O segundo maior impacto veio de Alimentação e bebidas, que registrou alta de 0,78% em agosto depois de ficar praticamente estável no mês anterior.

Os alimentos para consumo no domicílio subiram 1,15%, influenciados principalmente pela alta nos preços do tomate (12,98%), do leite longa vida (4,84%), das frutas (3,37%) e das carnes (3,33%).

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"O destaque é o tomate, que depende de temperaturas mais quentes. Com mais frio o produtor segura mais o estoque e ele demora a maturar mais", comentou Kislanov.

"O leite tem uma entressafra normal, e as carnes sobem por conta da demanda externa, enquanto o arroz tem um problema de oferta", completou.

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O aumento dos preços de alimentos nos mercados vêm levantando preocupações e, de acordo com o presidente Jair Bolsonaro, o governo estuda medidas para dar uma resposta, mas descartou qualquer tipo de tabelamento.

A Associação Brasileira de Procons pediu ao ministro da Economia, Paulo Guedes, o monitoramento das exportações para garantir o abastecimento interno após o aumento das vendas para o exterior ter sido apontado como um dos fatores para o expressivo aumento recente de preços de produtos da cesta básica. A preocupação é com o aumento nos preços de arroz, feijão, leite, óleo de soja e carne.

Na outra ponta, a maior contribuição negativa para o IPCA de agosto veio da queda de 3,47% do grupo Educação, depois que várias instituições de ensino concederam descontos nos preços das mensalidades diante da suspensão das aulas presenciais para conter a disseminação do coronavírus.

“Se não fosse Educação, a alta do IPCA seria de 0,48%. Havendo o retorno das aulas presenciais, faremos coleta extra em dezembro para ver como os preços vão se comportar", explicou Kislanov.

Já os preços de serviços aprofundaram a queda em agosto com recuo de 0,47%, ante queda de 0,11% no mês anterior, refletindo ainda os efeitos da quarentena adotada para combater a pandemia.

A economia brasileira sofreu contração recorde no segundo trimestre ao despencar 9,7% sobre os três meses anteriores.

A mais recente pesquisa Focus do BC junto a uma centena de economistas mostra que a expectativa é de que a inflação termine este ano em 1,78% e que a economia encolha 5,31%.

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