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Economia

América Latina sofrerá pior contração desde 1960 devido à pandemia, diz FMI

Relatório Perspectivas Econômicas Globais de outubro, do FMI prevê contração da economia latino-americana de 8,1%, menos profunda do que os 9,2% previstos em junho. Apesar da revisão, a queda será a maior desde 1960

Pessoas olham cartazes com preços de produtos do lado de fora de um mercado conhecido como La Merced, na Cidade do México (Foto: REUTERS/Henry Romero)
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Reuters - As economias latino-americanas sofrerão sua maior contração desde pelo menos 1960 devido à pandemia, de acordo com uma previsão do Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgada na terça-feira, e a retomada em 2021 dependerá em grande parte da capacidade dos governos de controlar a crise de saúde e os riscos sociais.

Em seu relatório Perspectivas Econômicas Globais de outubro, o FMI antecipou uma contração da economia latino-americana de 8,1%, menos profunda do que os 9,2% previstos em junho, mas moderou ligeiramente sua projeção de expansão para o próximo ano para 3,6%.

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A queda deste ano superará em muito a retração de 2,5% em 1983, em meio à crise da dívida externa, e a de 1,9% do desastre financeiro do final da década passada, segundo série do Banco Mundial que tem início em 1960.

As projeções, embora suponham perdas exorbitantes de produção, têm se moderado para a América Latina devido à recuperação acelerada de seus dois principais parceiros comerciais, China e Estados Unidos, no último trimestre.

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“Países menores e economias dependentes de matérias-primas e turismo estão em uma posição particularmente difícil”, disse o FMI em comunicado, chamando a atenção para o cenário complexo para as nações caribenhas e a indústria de transporte aéreo.

O FMI amenizou as perspectivas de crise para as maiores economias da região, especialmente em países que não foram rigorosos na contenção do vírus. Apesar dos alertas sobre a necessidade de medidas abrangentes para controlar a epidemia, as projeções apontam avanços nas economias que tiveram menos paralisações.

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O México, que depende fortemente do comércio com os Estados Unidos e inaugurou um novo tratado em julho com seus vizinhos norte-americanos, terá uma queda de 9% no Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, uma melhora de 1,5 ponto percentual em relação à previsão anterior. Para 2021, o Fundo espera expansão de 3,5%.

Já o Brasil sofrerá uma queda menos acentuada do PIB, de 5,8% em 2020, uma variação significativa em relação à estimativa de junho, de queda de 9,1%. A expansão no próximo ano será moderada, de 2,8%, afetada pela menor demanda doméstica que atinge seu amplo setor de serviços.

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EXTREMA POBREZA E DISPARIDADE

O relatório destacou que a China --importante fonte de receita da região pelo alto consumo de matérias-primas-- se prepara para fechar o ano com ligeira expansão, retomando também a demanda por exportações. Brasil, Peru, Chile e, em certa medida, México, serão beneficiados.

Embora o FMI tenha moderado as perspectivas de recessão para o Chile e o Peru em 2020, à medida que a atividade de mineração foi retomada e os preços dos metais industriais aumentaram, a instituição insistiu que as perspectivas para a América do Sul permanecem complexas, dada a prevalência de casos de coronavírus.

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A Argentina, que tomou medidas rígidas para controlar o avanço da pandemia e busca se preparar para o desconfinamento, verá um colapso de 11,8% de sua economia em 2020 e crescerá 4,9% em 2021, projeta o Fundo, refletindo o golpe de fechamentos em um país que há anos se arrasta em crise fiscal.

Embora não se refira especificamente a nenhum país, o FMI alertou em seu relatório que a Covid-19 reverterá o progresso que o mundo fez desde a década de 1990 na redução da pobreza e da desigualdade.

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A economia mundial vai encolher 4,4% neste ano, muito menos do que se temia no auge da pandemia, mas as disparidades na retomada serão acentuadas nas nações com maior vulnerabilidade social, incluindo as economias emergentes, enfatizou o Fundo.

“Cerca de 90 milhões de pessoas podem ficar abaixo do limite de renda de 1,90 dólar neste ano, o que constitui escassez extrema”, destacou o FMI, citando dados fornecidos pelo Banco Mundial.

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