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Economia

Apesar da euforia oficial, produção industrial despenca 4,5% em abril

Produção industrial brasileira subiu 0,6% em abril na comparação com o mês anterior, mais índice é insuficiente para garantir que já estava havendo recuperação mais consistente da atividade no início do segundo trimestre; na comparação com abril do ano passado, no entanto, a produção caiu 4,5 por cento, segundo dados do IBGE 5,7 por cento na base anual; nesta quinta-feira, o governo comemorou o crescimento de 1% do PIB; euforia durou pouco, uma vez que especialistas já se adiantam ao afirmar que a atividade deve voltar a perder força daqui para frente diante, entre outros, do desemprego elevado e da crise política que atinge o governo Michel Temer

Michel Temer, indústria, atividade industrial .2 (Foto: Paulo Emílio)
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Por Rodrigo Viga Gaier e Luiz Guilherme Gerbelli, Reuters - A produção industrial brasileira subiu 0,6 por cento em abril na comparação com o mês anterior, muito melhor do que o esperado mas ainda insuficiente para garantir que já estava havendo recuperação mais consistente da atividade no início do segundo trimestre.

Foi o melhor desempenho para abril desde 2013 e o primeiro resultado mensal positivo neste ano. Na comparação com abril do ano passado, no entanto, a produção caiu 4,5 por cento, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira.

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As expectativas em pesquisa da Reuters com economistas eram de estabilidade na variação mensal e de queda de 5,7 por cento na base anual.

"Ainda não dá para dizer que começamos uma trajetória positiva de recuperação industrial. Até porque as demais comparações são negativas", afirmou o responsável pela pesquisa do IBGE, André Macedo, acrescentando que o setor está no patamar equivalente a janeiro de 2009.

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Em abril, apenas a categoria de bens de consumo registrou queda, de 0,4 por cento, na comparação com março. As categorias de bens de capital, um indicador do investimento, e intermediários registraram avanço de 1,5 por cento e 2,1 por cento, respectivamente.

Na análise por ramos, dos 24 pesquisados pelo IBGE, 13 tiveram avanço em abril. As principais influências positivas foram de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (alta de 19,8 por cento) e veículos automotores (avanço de 3,4 por cento).

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"Os ramos que mais cresceram agora tiveram queda forte no mês de março. É uma espécie de compensação", disse Macedo.

Na leitura anterior, por exemplo, produtos farmoquímicos e farmacêuticos recuaram 23,4 por cento e veículos automotores perderam 6,9 por cento.

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Na véspera, foi divulgado que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 1 por cento no primeiro trimestre deste ano sobre os três meses anteriores, resultado com forte expansão do setor agropecuário, mas os investimentos continuaram em queda. Neste período, a indústria teve expansão de 0,9 por cento

Apesar do resultado positivo, especialistas já se adiantam ao afirmar que a atividade deve voltar a perder força daqui para frente diante, entre outros, do desemprego ainda elevado e a crise política que atinge o governo do presidente Michel Temer.

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