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Economia

Banco Central reduz taxa de juros para 9,25%

Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu em reunião encerrada nesta quarta-feira (26) cortar a taxa básica de juros em 100 pontos-base, para 9,25% ao ano - menor nível desde outubro de 2013; foi a sétima redução na Selic desde que Ilan Goldfajn assumiu a presidência do BC; maioria das instituições financeiras esperam que o Selic termine o ano entre 7% e 8%

Homem passa pela logomarca do Banco Central na sede do banco em Brasí­lia. 15/01/2014 REUTERS/Ueslei Marcelino (Foto: Aquiles Lins)
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Infomoney - Dando continuidade à política de afrouxamento monetário do Banco Central, o Copom (Comitê de Política Monetária) decidiu, em reunião encerrada nesta quarta-feira (26), cortar a taxa básica de juros em 100 pontos-base, para 9,25% ao ano - menor nível desde outubro de 2013. Esta foi a sétima redução na Selic desde que Ilan Goldfajn assumiu a presidência do BC.

A decisão atendeu às expectativas da maioria dos especialistas, que agora ficam de olho para as sinalizações de redução do ritmo dos cortes de juros. As projeções já apontavam que a combinação de evolução bastante benigna da inflação, recuperação lenta da atividade, quadro internacional tranquilo e moderação das preocupações com o clima político, levariam o BC a manter o ritmo.

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Neste cenário, segundo compilação feita pela Bloomberg, a maioria das instituições financeiras esperam que o Selic termine o ano entre 7% e 8%, com a autoridade passando a fazer cortes menores de juros a partir do encontro que ocorre em setembro. Isso levaria o ciclo de afrouxamento monetário ao fim, no mais tardar, no começo de 2018.

Confira o comunicado na íntegra:

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O Copom decidiu, por unanimidade, reduzir a taxa Selic em um ponto percentual, para 9,25% a.a., sem viés.

A atualização do cenário básico do Copom pode ser descrita com as seguintes observações:

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O conjunto dos indicadores de atividade econômica divulgados desde a última reunião do Copom permanece compatível com estabilização da economia brasileira no curto prazo e recuperação gradual. O recente aumento de incerteza quanto ao ritmo de implementação de reformas e ajustes na economia impactou negativamente índices de confiança dos agentes econômicos. No entanto, a informação disponível sugere que o impacto dessa queda de confiança na atividade tem sido, até o momento, limitado;

O cenário externo tem se mostrado favorável, na medida em que a atividade econômica global tem se recuperado gradualmente, sem pressionar as condições financeiras nas economias avançadas. Isso contribui para manter o apetite ao risco em relação a economias emergentes. Além disso, houve arrefecimento de possíveis mudanças de política econômica em alguns países centrais;

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O comportamento da inflação permanece favorável com desinflação difundida, inclusive nos componentes mais sensíveis ao ciclo econômico e à política monetária. Até o momento, os efeitos de curto prazo do aumento de incerteza quanto ao ritmo de implementação de reformas e ajustes na economia não se mostram inflacionários nem desinflacionários;

As expectativas de inflação apuradas pela pesquisa Focus recuaram para em torno de 3,3% para 2017 e para 4,2% para 2018 e encontram-se em torno de 4,25% para 2019 e 4,0% para 2020; e

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No cenário com trajetórias para as taxas de juros e câmbio extraídas da pesquisa Focus, as projeções do Copom recuaram para em torno de 3,6% para 2017 e 4,3% para 2018. Esse cenário supõe trajetória de juros que alcança 8,0% ao final de 2017 e mantém-se nesse patamar até o final de 2018.

Considerando o cenário básico, o balanço de riscos e o amplo conjunto de informações disponíveis, o Copom decidiu, por unanimidade, pela redução da taxa básica de juros em um ponto percentual, para 9,25% a.a., sem viés. O Comitê entende que a convergência da inflação para a meta de 4,5% no horizonte relevante para a condução da política monetária, que inclui o ano-calendário de 2018, é compatível com o processo de flexibilização monetária.

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O Copom ressalta que a extensão do ciclo de flexibilização monetária dependerá de fatores conjunturais e das estimativas da taxa de juros estrutural da economia brasileira. O Comitê entende que a evolução do processo de reformas e ajustes necessários na economia (principalmente das fiscais e creditícias) é importante para a queda das estimativas da taxa de juros estrutural. Essas estimativas continuarão a ser reavaliadas pelo Comitê ao longo do tempo.

O Copom ressalta que a manutenção das condições econômicas, até este momento, a despeito do aumento de incerteza quanto ao ritmo de implementação de reformas e ajustes na economia, permitiu a manutenção do ritmo de flexibilização nesta reunião. Para a próxima reunião, a manutenção deste ritmo dependerá da permanência das condições descritas no cenário básico do Copom e de estimativas da extensão do ciclo. O ritmo de flexibilização continuará dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos, de possíveis reavaliações da estimativa da extensão do ciclo e das projeções e expectativas de inflação.

Votaram por essa decisão os seguintes membros do Comitê: Ilan Goldfajn (Presidente), Anthero de Moraes Meirelles, Carlos Viana de Carvalho, Isaac Sidney Menezes Ferreira, Luiz Edson Feltrim, Otávio Ribeiro Damaso, Reinaldo Le Grazie, Sidnei Corrêa Marques e Tiago Couto Berriel.

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