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Economia

Barbosa, ex-ministro de Dilma, diz que aposta neoliberal do governo Temer "deu ruim'

"O crescimento anual do PIB demora a se recuperar, sobretudo depois que o golpe de 2016 prolongou a recessão daquele ano", afirma Nelson Barbosa

Nelson Barbosa e Michel Temer (Foto: Ueslei Marcelino/Reuters | PR)
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247 - O ex-ministro da Fazenda e do Planejamento Nelson Barbosa observa, em sua coluna na Folha de S. Paulo, que a lenta recuperação da economia durante o governo MIchel Temer - batizada por ele de “governo Temeraro” -  teve “basicamente a mesma política econômica nos três anos”. A aposta neoliberal deu ruim, e isso aconteceu antes de a Covid nos atingir", destaca.

“Especificamente, em 2017-19 houve: contração fiscal no Orçamento primário, redução do poder de barganha dos trabalhadores, venda de patrimônio público, redirecionamento da Petrobras para seus acionistas minoritários, retração dos bancos públicos (com colapso no BNDES) e maior liberalização financeira e regulatória”, pontua o ex-ministro do governo da presidente deposta Dilma Rousseff. 

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Ainda segundo ele, “a aposta do time Temer era que a virada neoliberal na política econômica derrubaria o juro real e aumentaria a confiança das famílias e das empresas, com rápida recuperação do gasto privado. O juro real de fato caiu, mas o PIB não veio. A aposta neoliberal deu ruim, e isso aconteceu antes de a Covid nos atingir”.

“O crescimento médio do PIB por habitante foi de 0,7% ao ano em 2017-19, a mais lenta recuperação da economia após uma grande recessão desde que temos estimativas do PIB”, ressalta Barbosa no texto. “Por efeito estatístico, o crescimento anual do PIB demora a se recuperar, sobretudo depois que o golpe de 2016 prolongou a recessão daquele ano. Esse fator explica parte da lenta recuperação de 2017”, escreve ele mais à frente. 

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Barbosa também elenca que “a fragilidade política do governo Temer”, a adoção de uma política fiscal “quase neutra para o PIB como um todo, mas desastrosa para o investimento”, assim como a greve dos caminhoneiros em 2018, provocada pelos seguidos aumentos dos preços dos combustíveis, foram fatores que contribuíram para o baixo crescimento da economia.

“No fim de 2018, os mesmos criadores do "é só tirar a Dilma" apostavam que, com um "Posto Ipiranga" ultraneoliberal, uma série de reformas estruturais pró-mercado finalmente destravaria o crescimento do PIB. Novamente deu ruim”, destaca Barbosa. 

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