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Economia

BC mantém taxa de juros em 14,25% ao ano

Comitê de Política Monetária, liderado por Alexandre Tombini, presidente do Banco Central, decidiu interromper o ciclo de aperto monetário; por seis votos a dois, o Copom manteve a taxa Selic em 14,25% ao ano, o que surpreendeu os analistas, que esperavam aumento de 0,5 ponto percentual; eventual aumento dos juros aprofundaria a recessão e aumentaria as despesas do governo federal com o serviço da dívida pública; amanhã, Tombini deverá receber uma enxurrada de críticas de agentes do mercado financeiro

Data: 22/03/2013 Editoria: Brasil Reporter: Marta Bonaldo Local: Sao Paulo, SP Pauta: Presidente do Banco Central Personagem: Alexandre Tombini, Presidente do Banco Central Setor: mercado financeiro, gestao de financas publicas Foto: Regis Fil (Foto: Leonardo Attuch)
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Wellton Máximo - Repórter da Agência Brasil

Pela quarta vez seguida, o Banco Central (BC) não mexeu nos juros básicos da economia. Por seis votos a dois, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve hoje (20) a taxa Selic em 14,25% ao ano. A decisão surpreendeu os analistas, que esperavam aumento de 0,5 ponto percentual.

Os juros básicos estão neste nível desde o fim de julho. Com a decisão do Copom, a taxa se mantém no nível de outubro de 2006. A Selic é o principal instrumento do BC para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

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Oficialmente, o Conselho Monetário Nacional estabelece meta de 4,5%, com margem de tolerância de 2 pontos, podendo chegar a 6,5%. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA acumulou 10,67% em 2015, a maior taxa desde 2002.

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No último Relatório de Inflação, divulgado em dezembro, o BC estimou que o IPCA encerre 2016 em 6,2%. O mercado está mais pessimista. De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo Banco Central, o IPCA encerrará este ano em 7%. Este ano, a inflação continuará pressionada pela alta do dólar, que influencia o preço dos produtos e das matérias-primas importadas.

Embora ajude no controle dos preços, o aumento da taxa Selic prejudica a economia, que atravessa o segundo ano seguido de recessão, intensificando a queda na produção e no consumo. Segundo o boletim Focus, analistas econômicos projetam contração de 2,99% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos pelo país) em 2016. ORelatório de Inflação do Banco Central prevê retração de 1,9%.

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A taxa Selic é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o BC contém o excesso de demanda que pressiona os preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando reduz os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas enfraquece o controle da inflação.

 

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Edição: Nádia Franco

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