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Economia

BC não deve usar reservas para conter alta do dólar

Banco Central não deverá fazer leilão de dólares à vista para enfrentar a forte volatilidade no mercado cambial utilizando as reservas internacionais; instituição pretende manter os leilões de swaps cambiais e de linha como os principais instrumentos para reduzir a volatilidade no câmbio; moeda norte-americana fechou a quarta-feira (23) cotada próxima dos R$ 4,15, com alta de 2,28%

Banco Central não deverá fazer leilão de dólares à vista para enfrentar a forte volatilidade no mercado cambial utilizando as reservas internacionais; instituição pretende manter os leilões de swaps cambiais e de linha como os principais instrumentos para reduzir a volatilidade no câmbio; moeda norte-americana fechou a quarta-feira (23) cotada próxima dos R$ 4,15, com alta de 2,28% (Foto: Paulo Emílio)
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Reuters - Fazer leilões de dólares no mercado à vista, usando as reservas internacionais para enfrentar a forte volatilidade no mercado cambial, é uma estratégia que não está na mesa neste momento, disse uma importante fonte da equipe econômica à Reuters nesta quarta-feira.

Segundo a fonte, que falou sob condição de anonimato, os leilões de swaps cambiais e de linha são os instrumentos para reduzir a volatilidade no câmbio. Nesta sessão, o dólar saltou mais de 2 por cento e fechou perto de 4,15 reais no mercado à vista, nova máxima histórica.

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"Não há fórmula mágica", afirmou a fonte. "Não estão saindo recursos do país, não há fuga de dinheiro", acrescentou.

Segundo operadores, as declarações ajudaram o dólar futuro e os DIs a ampliarem o avanço. O contrato da moeda norte-americana para outubro saltou quase 3 por cento, para 4,178 reais, enquanto o DI para janeiro de 2017 atingiu a variação máxima permitida na bolsa, subindo 0,80 ponto percentual.

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Nesta quarta-feira, o Banco Central intensificou sua intervenção no câmbio ao anunciar dois leilões de venda com recompra de dólares e outros dois de novos swaps cambiais, nenhum deles para rolar contratos já existentes.

Segundo a fonte, o mercado está pressionado, mas não por falta de liquidez, em meio ao cenário econômico e político bastante conturbado. Com isso, o cupom cambial (equivalente ao custo de financiamento em dólares) está muito pressionado, afetando os mercados de câmbio e de juros futuros "numa espiral".

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"O mercado perde um pouco a capacidade de formação de preço", afirmou a fonte.

Dados do próprio BC mostram que o Brasil registrou entrada líquida de 11,659 bilhões dólares em 2015 até 18 de setembro. Só na semana passada, o ingresso foi de cerca de 900 milhões de dólares.

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As reservas internacionais, hoje na casa dos 370 bilhões de dólares, são um dos poucos fundamentos positivos que o país tem, ainda mais após ter perdido o selo de bom pagador pela agência de classificação de risco Standard & Poor's neste mês.

Usar as reservas para tentar segurar o câmbio poderia alimentar ainda mais a desconfiança de agentes econômicos.

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"É preciso acompanhar a evolução (dos mercados)", acrescentou a fonte. "Estamos tentando calibrar a volatilidade, não se busca um patamar para o dólar", enfatizou.

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