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Economia

BNDES quer chegar a R$ 10 bi em 'desinvestimentos' em 2018

Os desinvestimentos do BNDES em participações em empresas já somam cerca de R$ 6 bilhões neste ano e a expectativa é que possam chegar a R$ 10 bilhões até o fim do ano, disse a diretora de investimentos do banco de fomento, Eliane Lustosa; "Havia no passado uma filosofia de que o banco tinha uma carteira estratégica e hoje não existe mais. Qualquer ativo com liquidez e maduro é passível de venda", afirmou Eliane

BNDES quer chegar a R$ 10 bi em 'desinvestimentos' em 2018 (Foto: PAULO VITOR)
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Reuters - Os desinvestimentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em participações em empresas já somam cerca de 6 bilhões de reais neste ano e a expectativa é que possam chegar a 10 bilhões de reais até o fim do ano, disse a diretora de investimentos do banco de fomento, Eliane Lustosa, nesta quinta-feira.

Essas operações de venda foram feitas em negociações diretas de mercado, mas o banco estuda resgatar uma prática utilizada no passado de fazer operações estruturadas de venda de participações, disse a executiva.

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Sem revelar detalhes das vendas, ela destacou que o banco tem mais 8,5 bilhões de reais a receber da operação de união entre a Suzano Papel e Celulose e Fibria Celulose, que ainda está em análise por autoridades reguladoras.

Como não há prazo para a aprovação da fusão por autoridades no Brasil e no exterior, a estimativa inicial do banco era de que poderia levar até um ano e meio para receber os 8,5 bilhões de reais referente a operação anunciada em março, ou seja, somente no ano que vem.

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"Vai superar 2017 e sim (vamos superar 10 bilhões esse ano), mas isso depende do comportamento de mercado", disse a executiva a jornalistas, em evento da Fundação Getulio Vargas no Rio de Janeiro. No ano passado, as vendas de participações somaram cerca de 7 bilhões de reais no ano.

Ela ressaltou que a carteira do banco ainda está muito concentrada em participações em grandes empresas, mas a ideia é diversificá-la cada vez mais.

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As participações do banco em Eletrobras, Petrobras, JBS, Vale, Suzano e Fibria concentram grande parte da carteira de ações avaliada em cerca de 85 bilhões de reais. Ao ser questionada se o desinvestimento do BNDES poderia englobar uma das grandes participações, Lustosa disse: "Havia no passado uma filosofia de que o banco tinha uma carteira estratégica e hoje não existe mais. Qualquer ativo com liquidez e maduro é passível de venda".

As participações do BNDES em empresas são administradas pelo BNDESPar.

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"Estamos num processo de venda aos poucos por que ninguém vai rasgar dinheiro, mas temos 1,8 bilhão (de reais) em 37 fundos de investimento e num total de 300 empresas ao todo... o volume ainda é pequeno, mas a ideia é avançar cada vez mais em fundos com conteúdo em inovação", disse.

ESTRUTURADAS
A executiva disse que o BNDES já começou a conversar com bancos para a realização futura de operações estruturadas de venda de participações que podem ser mais rentáveis e vantajosas para o banco.

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"Estamos trabalhando intensamente no refinamento desse processo e a ideia é que em breve a gente possa contratar bancos para vendas que entendemos que estruturadas gerem condições melhores do que as vendas no mercado que estamos fazendo", frisou.

Lustosa disse que para cada potencial venda de ativos pode haver um assessor diferente. "Já estamos conversando com bancos para definir o processo de escolha. Pode ser um banco para cada ativo, um consórcio. O banco faria a modelagem e a gente analisa se o papel do BNDES já foi cumprido, análise de preço justo e outros", declarou.

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O BNDES também está aperfeiçoando processos internos para justificar aos órgãos de controle do país —Tribunal de Contas das União TCU, Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União, entre outros — a escolha desses bancos para as operações estruturadas e explicar também os critérios de venda desses papéis e os parâmetros de mercado.

Por Rodrigo Viga Gaier

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