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Economia

BNDES tenta conter “crise Eike” e CPI no Congresso

Instituição comandada por Luciano Coutinho divulgou nota para negar favorecimento a Eike Batista; “o Banco refuta, portanto, quaisquer insinuações de que tenha havido vantagens ou tratamento privilegiado nas concessões de financiamento ao referido Grupo”, diz o texto; agência de risco Moody’s acaba de rebaixar OGX para o penúltimo estágio antes do calote porque Eike teria deixado de honrar uma capitalização de R$ 1 bilhão; oposição defende CPI do BNDES; risco de falência é alto, segundo agência

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247 – O BNDES, comandado pelo economista Luciano Coutinho, tenta conter a crise relacionada aos empréstimos de mais de R$ 10 bilhões ao empresário Eike Batista, do grupo EBX. Em nota, divulgada agora à tarde, o banco refuta que tenha favorecido o empresário, conforme denúncia do jornal Estado de S. Paulo, que já foi encampada por parlamentares da oposição com a intenção de provocar uma CPI no Congresso (leia mais aqui).

Embora o BNDES tenha tomado precauções, a agência Moody’s acaba de rebaixar Eike para o penúltimo estágio antes do calote.

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Leia, abaixo, a nota do BNDES: 

Em relação à reportagem “BNDES facilita pagamentos de Eike" publicada na edição de hoje (15/7) do jornal "O Estado de S.Paulo", o BNDES esclarece que:

• O tratamento dispensado pelo Banco ao Grupo EBX é rigorosamente igual ao dado a qualquer empresa tomadora de crédito no BNDES. O Banco refuta, portanto, quaisquer insinuações de que tenha havido vantagens ou tratamento privilegiado nas concessões de financiamento ao referido Grupo. 

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• A estruturação de garantias também foi feita com o rigor usual adotado pelo BNDES em todas as suas operações, obedecendo às melhores práticas bancárias.

• Diferentemente do que afirma o jornal, o Grupo não desfruta nem nunca desfrutou de taxas de juros mais favoráveis do que outros clientes. Como é de conhecimento público, as taxas mencionadas, de 4,5% ao ano, eram as vigentes na época para o Programa de Sustentação do Investimento (PSI), destinado à compra de máquinas e equipamentos, válido para realização de investimentos de toda e qualquer empresa. O PSI, criado em agosto de 2009, já realizou mais de 700 mil operações e desembolsou, até 10 de julho último, total de R$ 218,2 bilhões em financiamentos a investimentos.

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• A reportagem também faz uma comparação indevida entre a taxa de juros do BNDES, a TJLP, e a Selic, como se a aplicação da TJLP a um financiamento do Grupo EBX representasse algum tipo de favorecimento.  É público e notório que a principal referência para os financiamentos do BNDES é a TJLP, atualmente em 5% ao ano e definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

• Também não foram corretas informações sobre os resultados da carteira de ações da BNDESPAR com empresas do Grupo EBX. A reportagem não levou em consideração explicações dadas sobre a rentabilidade do Banco nas operações de renda variável. A assessoria do Banco informou que a BNDESPAR obteve rentabilidade superior a 100% sobre o valor investido na operação de venda das ações da LLX Logística, dado que foi omitido pela reportagem. Para efeito de comparação, entre 2009 (quando da aquisição de ações pela BNDESPAR) e 2011 (quando da última venda de participação pela BNDESPAR), a valorização do índice Bovespa foi de 50%, enquanto que o retorno do CDI foi de 19%. 

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• Também foi quantificado de maneira incorreta um suposto prejuízo do BNDES com ações do Grupo.  A estratégia da BNDESPAR é de longo prazo, ou seja, o resultado final de cada investimento só pode ser aferido com a efetiva venda dos ativos, o que não ocorreu com as demais participações da BNDESPAR nas empresas do Grupo. Ressalta-se que o investimento total da BNDESPAR em empresas do Grupo EBX representa apenas cerca de 0,6% do total do ativo da subsidiária do BNDES.

• Finalmente, a estratégia do BNDES, tanto na gestão de sua carteira de crédito quanto na renda variável, tem sido extremamente criteriosa e bem-sucedida. O Banco tem hoje uma taxa de inadimplência de apenas 0,04% (posição de março último) sobre o total da carteira de crédito, muito abaixo da média do sistema financeiro nacional, tanto público como privado. 

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Confira, ainda, trecho de reportagem do Valor Online, sobre o rebaixamento de Eike Batista:

SÃO PAULO  -  A Moody’s rebaixou a nota de crédito da OGX em dois degraus, de “Caa2” para “Ca”. O novo rating — o penúltimo na escala da agência — embute risco de crédito “bastante alto”. A perspectiva é negativa, o que indica que há espaço para novos cortes no médio prazo.

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“O rebaixamento foi ocasionado pela redução das expectativas de que a OGX poderá confiar na opção de venda de US$ 1 bilhão em ações que a companhia pode exercer contra o controlador, dada a recente saída de membros independentes do conselho de administração”, afirmou a Moody’s em nota.

De acordo com a agência, o perfil financeiro da companhia é fraco, já que seus ativos não são suficientes para fazer frente às dívidas. Além disso, ressalta da Moody’s, a governança da petroleira é fraca e há chances consideráveis de calote da dívida, reestruturação dos passivos ou pedido de falência.

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