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Economia

Bolsonaro defende crimes do passado e do presente, diz presidente da Cofecon

Por meio de nota, o presidente do Conselho Federal de Economia rechaçou a declaração de Bolsonaro que envolve o desaparecimento de Fernando Santa Cruz, pai do presidente da OAB, durante a ditadura;

Presidente da Cofecon critica Bolsonaro
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247 - O presidente do Conselho Federal de Economia,  Wellington Leonardo da Silva, divulgou nota nesta segunda-feira, 29, criticando a declaração de Bolsonaro sobre o desaparecimento de Fernando Santa Cruz, pai do presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, durante a dituadura militar.

Em nota, Wellington Leonardo da Silva diz que Bolsonaro faz uso do aparato público para denfender crimes. "Não poderia deixar de manifestar repulsa aos posicionamentos do atual ocupante da cadeira presidencial, que utiliza a estrutura pública para defender crimes do passado e do presente".

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O texto também afirma que a declaração de Bolsonaro tem por objetivo desviar o foco dos escândalos da Vaza Jato. "Importante registrar que esse ataque leviano e vergonhoso a Felipe Santa Cruz é uma tentativa de tirar da pauta nacional a mais grave acusação contra Sérgio Moro que veio à luz hoje pelo Intercept Brasil e pela Folha de S.Paulo".

A nota relembra ainda o golpe de Estado que tirou a ex-presidente Dilma do poder em 2016. 

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Confira a íntegra da nota: 

Nota do Presidente do Cofecon – Sob um governo nazista

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As declarações sobre o assassinato do pai de Felipe Santa Cruz, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, praticado por meganhas das Forças Armadas à época da ditadura militar, deveriam merecer o maior nível de manifestações de repúdio da sociedade em todos os bairros dos estados brasileiros. Indignas de um ser humano, foram proferidas pelo atual ocupante da cadeira de presidente da República – ilegalmente usurpada da ex-presidenta Dilma Rousseff pelo ignominioso Michel Temer por meio de um golpe jurídico, midiático e parlamentar, levado a cabo pelos serviçais dos banqueiros, empresários e rentistas, nacionais e internacionais.

A afirmação cruel de que “Se o presidente da OAB quiser saber como é que o pai dele desapareceu no período militar, conto para ele. Ele não vai querer ouvir a verdade” ofende não só a memória de Fernando Santa Cruz Oliveira, que nunca mais foi visto após ter sido preso por agentes do DOI-CODI, em 1974, mas também das 400 pessoas que foram assassinadas ou desapareceram durante o regime, segundo a Comissão Nacional da Verdade e, mais do que isto, revela a natureza daninha de seu autor e de seu clã de cérberos.

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Não são recentes as manifestações de Jair Bolsonaro favoráveis à ditadura militar. Como deputado federal, homenageou o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, reconhecido pela Justiça como torturador. Neste ano, pretendia comemorar os 55 anos do golpe militar, o que foi duramente criticado pelo Ministério Público Federal sob a alegação de que tal iniciativa poderia configurar em improbidade administrativa.

A Comissão Nacional da Verdade confirmou que a ditadura militar praticou crimes contra a humanidade, com graves violações aos direitos humanos. Como representante de autarquia federal que tem o seu olhar voltado para a justiça social, não poderia deixar de manifestar repulsa aos posicionamentos do atual ocupante da cadeira presidencial, que utiliza a estrutura pública para defender crimes do passado e do presente, atentando não só contra os direitos humanos, mas também contra os princípios da administração pública.

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Importante registrar que esse ataque leviano e vergonhoso a Felipe Santa Cruz é uma tentativa de tirar da pauta nacional a mais grave acusação contra Sérgio Moro que veio à luz hoje pelo Intercept Brasil e pela Folha de S.Paulo, uma vez que fica inequívoca a utilização criminosa da delação premiada de Antonio Palocci, na qual nem Moro acreditava, para eleger Bolsonaro.

A política de conciliação nos trouxe até aqui e me pergunto, estarrecido, até quando o povo brasileiro irá tolerar a construção da Bastilha nazista em nosso País, a qual está em curso, sem resistir à altura.

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Todo repúdio às declarações ignominiosas do fascista agressor.

Presidente do Cofecon – Wellington Leonardo da Silva

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