Brasil e China amenizam mal-estar gerado na campanha eleitoral, diz economista
A China está disposta a motivar suas empresas a participar dos programas de privatizações e de parcerias de investimentos que venham a ser propostas pelo governo brasileiro, disse nesta quarta-feira (23), o embaixador chinês no Brasil Yang Wanming
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
247, com Sputnik - A China está disposta a motivar suas empresas a participar dos programas de privatizações e de parcerias de investimentos que venham a ser propostas pelo governo brasileiro, disse nesta quarta-feira (23), o embaixador chinês no Brasil Yang Wanming (foto).
Segundo o diplomata, o governo Bolsonaro "vai beneficiar o desenvolvimento dos dois povos". O embaixador visitou nesta terça-feira o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes.
Segundo o economista especialista em China, Roberto Dumas, a declaração de Yang Wanming e a reunião do embaixador com o ministro Pontes ajudam a apaziguar o mal-estar gerado entre os dois países durante a campanha eleitoral. Não foram poucas as ocasiões em que Bolsonaro criticou a presença de investimentos chineses no Brasil.
"Essa declaração vem para diminuir qualquer dúvida, qualquer nuvem que deva ter ficado na compreensão dos agentes econômicos domésticos e internacionais de qualquer movimento inescrupuloso de que o Brasil não quer investimentos chineses", disse Roberto Dumas em entrevista à Sputnik Brasil.
Além da visita a Marcos Pontes, o embaixador chinês se encontrou na semana passada com o ministro da Economia, Paulo Guedes.
Durante a entrevista, Dumas deu destaque para o investimento que os chineses podem trazer para o sistema de infraestrutura brasileiro, como ferrovias, portos, entre outros.
"A gente precisa de investimentos de toda ordem, de transporte, de tudo. Os chineses não virão com os 240 bilhões por ano, mas ajuda muito a desatravancar um pouquinho essa necessidade, tirar um pouquinho essa lanterna que o Brasil ocupa no desempenho de infraestrutura", afirmou.
Para Luiz Eduardo Castro Neves, presidente do Conselho Empresarial Brasil-China, os investimentos podem ser extremamente variados.
"Essas áreas são as mais variadas possíveis e vão desde o agronegócio até o setor de petróleo e gás, de energia, não só a geração, mas também a transmissão e distribuição", destacou.
Luiz Eduardo Castro Neves minimizou as falas da campanha eleitoral de Bolsonaro. Disse que não houve mal-estar entre os dois países, mas que a relação poderia melhorar.
"Elas podem melhorar, elas estão em um nível importante. Basta examinar o fato de que a China é nosso principal parceiro comercial e nosso maior investidor em termos de fluxo, mas evidentemente as oportunidades ainda estão aí", comentou.
O embaixador Yang Wanming também se mostrou otimista em relação à amplitude dos campos de cooperação entre os dois países, como por exemplo as áreas digital, de novas energias, de biotecnologia, espacial, de mudanças climáticas e de novos materiais.
iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular
Assine o 247,apoie por Pix,inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: