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Economia

Brasil não está sob dominância fiscal, diz Tombini

Presidente do Banco Central, Alexandre Tombini,  disse que a economia brasileira não está sob dominância fiscal, mas o atraso do ajuste das contas públicas contribuiu para trazer a inflação de volta ao centro da meta em 2017; "Independentemente do contorno das demais políticas, o Banco Central adotará as medidas necessárias de forma a assegurar o cumprimento dos objetivos do regime de metas para a inflação", afirmou

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini,durante audiência pública para discutir as diretrizes, implementação e perspectivas futuras da política monetária nacional (Marcelo Camargo/Agência Brasil) (Foto: Paulo Emílio)
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Reuters - A economia brasileira não está sob dominância fiscal, mas o atraso do ajuste das contas públicas contribuiu para postergar a convergência da inflação à meta, disse nesta quinta-feira o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, reforçando que será feito o que for necessário para domar a inflação e trazê-la para dentro da meta em 2016.

"Independentemente do contorno das demais políticas, o Banco Central adotará as medidas necessárias de forma a assegurar o cumprimento dos objetivos do regime de metas para a inflação", afirmou ele, acrescentando que isso significa levar a inflação o mais próximo possível do centro da meta em 2016, "circunscrevendo-a aos limites de tolerância", e fazê-la convergir para o centro do objetivo em 2017.

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A meta central de inflação para 2016 e 2017 é de 4,5 por cento pelo IPCA, mas com margem de 2 e de 1,5 ponto percentual, respectivamente.

O discurso reforçou o entendimento dos agentes econômicos de que o BC voltará a elevar a Selic, hoje a 14,25 por cento ao ano, já em janeiro, quando o Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne novamente. Pela ata do Copom, divulgada na semana passada, o tom já havia sido elevado e, nesta sessão, os juros futuros passaram a subir com mais força após a fala de Tombini.

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Sobre o lado fiscal, o presidente do BC defendeu que o país não está sob dominância fiscal e, portanto, a política monetária continua sendo eficaz para controlar a inflação. Ele, que participou de evento na Febraban junto com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, acrescentou que o "Banco Central não limitará as suas decisões pelos possíveis impactos fiscais delas".

Ele ressaltou que os atrasos no ajuste fiscal contribuíram para "postergar o horizonte de convergência da inflação para 4,5 por cento, o que acabará adiando também a retomada do crescimento econômico".

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"É importante salientar que o Banco Central detém os instrumentos necessários para fazer com que sua determinação e perseverança se traduzam em redução da inflação", afirmou ele, acrescentando que os "mecanismos de transmissão de política monetária estão e continuarão operantes".

Sem citar explicitamente o banco BTG Pactual, que vem sofrendo problemas de liquidez após a prisão de seu ex-controlador e ex-presidente André Esteves, Tombini defendeu ainda que as instituições financeiras do país estão bem capitalizadas, com liquidez e pouco dependentes de recursos externos, e que o BC é "capaz de avaliar rapidamente os impactos potenciais de choques que atinjam o sistema financeiro, sejam eles de natureza econômica ou não econômica, de origem externa ou doméstica".

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Tombini não comentou a decisão da agência de classificação de risco Moody's de colocar a classificação do Brasil em revisão para rebaixamento.

(Reportagem de Aluísio Alves; Texto de Patrícia Duarte)

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