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Economia

Brasil será castigado com tarifas dos EUA sobre aço e alumínio

As novas e pesadas tarifas de importação de aço e alumínio anunciadas na quinta-feira (1°) pelo presidente americano, Donald Trump, revoltaram o comércio mundial; medida prejudicará o Brasil e o México, os principais exportadores latino-americanos de aço aos Estados Unidos; em 2017, o Brasil respondeu por 13% das importações americanas de aço e o México, 9%

Presidente Donald Trump na Casa Branca, em Washington, EUA 22/12/2017 REUTERS/Jonathan Ernst (Foto: Aquiles Lins)
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Da RFI - As novas e pesadas tarifas de importação de aço e alumínio anunciadas na quinta-feira (1°) pelo presidente americano, Donald Trump, revoltaram o comércio mundial. Na América Latina, a medida afetará especialmente o Brasil e o México.

As tarifas do aço, que chegarão a 25%, e do alumínio, que será taxado em 10%, passarão a valer a partir da semana que vem. A medida representa um novo passo no protecionismo americano em suas relações comerciais.

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Segundo Trump, a decisão foi tomada porque as importações dos dois metais estão destruindo a indústria nacional. "Nossas indústrias de aço e alumínio (e muitas outras) foram dizimadas durante décadas por um comércio injusto e políticas ruins com países de todo o mundo", declarou via Twitter. "Não devemos permitir que tirem vantagem de nosso país, nossos negócios e nossos trabalhadores", acrescentou o presidente, que solicitou um "comércio livre, justo e inteligente".

13% do aço importado pelos EUA vêm do Brasil

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A medida prejudicará o Brasil e o México, os principais exportadores latino-americanos de aço aos Estados Unidos. Em 2017, o Brasil respondeu por 13% das importações americanas de aço e o México, 9%.

Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) do Brasil, a decisão preocupa o governo brasileiro. Em nota oficial, a pasta afirmou que a restrição pode resultar em contestação de Brasília nos organismos internacionais.

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O MDIC disse que espera encontrar um acordo com os Estados Unidos para que as tarifas não sejam aplicadas. "O governo brasileiro não descarta eventuais ações complementares, no âmbito multilateral e bilateral, para preservar seus interesses nesse caso concreto", informa o comunicado.

Já no México, a Câmara Nacional da Indústria do Ferro e do Aço pediu uma "resposta recíproca e imediata" à eventual imposição de tarifas. A Câmara disse que deixar o México fora dessa medida seria fundamental para "evitar uma guerra comercial que afetaria as cadeias produtivas de ambos os países".

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O Canadá, o maior fornecedor dos Estados Unidos em aço e alumínio, também condenou a decisão de Trump. "O Canadá verá qualquer restrição ao aço e ao alumínio canadense como absolutamente inaceitável", apontou o governo em nota oficial, na qual afirmou que responderá aos Estados Unidos.

A União Europeia, por sua vez, diz que reagirá com firmeza e proporcionalmente para defender os seus interesses no que poderá se tornar uma guerra comercial de proporção mundial.

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Bolsas já reagem em queda

A Bolsa de Tóquio encerrou a sessão de sexta-feira (2) em queda expressiva de 2,50% após o anúncio sobre novos impostos à importação de alumínio e aço. O índice Nikkei perdeu 542,83 pontos, a 21.181,64 unidades.

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As principais Bolsas da Europa iniciaram a sexta-feira em baixa, afetadas pelos resultados do mercado asiático. O índice FTSE 100 de Londres recuava 0,56%, enquanto o Dax de Frankfurt perdia 1,14% e o CAC 40 de Paris 0,75%.

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