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Economia

Caixa vai repassar menos dividendos ao governo federal

A Caixa Econômica Federal vai repassar apenas 25% do lucro de 2016 e 2017 na forma de dividendos ao governo federal, seu controlador; medida foi confirmada nesta segunda-feira, 14, pelo vice-presidente de finanças e controladoria do banco, Osvaldo Brasil; "É um acerto de dois anos que fizemos com reguladores e com o próprio governo", disse Brasil à Reuters; objetivo é fortalecer os níveis de capital do banco

A Caixa Econômica Federal vai repassar apenas 25% do lucro de 2016 e 2017 na forma de dividendos ao governo federal, seu controlador; medida foi confirmada nesta segunda-feira, 14, pelo vice-presidente de finanças e controladoria do banco, Osvaldo Brasil; "É um acerto de dois anos que fizemos com reguladores e com o próprio governo", disse Brasil à Reuters; objetivo é fortalecer os níveis de capital do banco (Foto: Aquiles Lins)
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SÃO PAULO (Reuters) - A Caixa Econômica Federal vai repassar apenas 25 por cento do lucro de 2016 e 2017 na forma de dividendos ao governo federal, seu controlador, dentro dos esforços para usar mais da geração orgânica de resultados para fortalecer os níveis de capital, disse nesta segunda-feira o vice-presidente de finanças e controladoria do banco, Osvaldo Brasil.

"É um acerto de dois anos que fizemos com reguladores e com o próprio governo", disse Brasil à Reuters, em entrevista por telefone.

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Nos últimos anos, a Caixa vinha repassando ao governo a maior parte dos lucros ao governo, que ao mesmo tempo vinha injetando grandes volumes de capital no banco para financiar o crescimento da carteira de crédito.

Mais cedo nesta segunda-feira, a Caixa anunciou queda de 67 por cento no lucro líquido do terceiro trimestre ante mesma etapa de 2015. Embora tenha conseguido repassar juros maiores para o tomador, a Caixa seguiu tendo o lucro pressionado por provisões para calotes.

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O nível de rentabilidade da Caixa sobre o patrimônio, que mostra como um banco remunera o capital do acionista, desabou 6,75 pontos percentuais, para 6,5 por cento, menos da metade do patamar dos principais rivais privados.

A menor capacidade de gerar capital organicamente tem provocado crescentes discussões de que o banco precisará de mais injeção de recursos federais para não ficar com níveis de capital abaixo das exigências regulatórias. Em relatório, a Moody's calculou que essa ajuda por ser de cerca de 18 bilhões de reais.

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"Não vamos precisar de capital em 2017; estamos focados em elevar nossa rentabilidade no médio prazo ao menos para o nível da Selic", disse Brasil. A Selic, taxa básica de juros, hoje está em 14 por cento ao ano.

O índice de Basileia da Caixa caiu 0,8 ponto no trimestre, no comparativo anual, para 13,46 por cento, também abaixo da média dos demais bancos de grande porte do país.

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CRÉDITO E INADIMPLÊNCIA

Dado o cenário de recessão econômica, a Caixa reduziu sua previsão de crescimento da carteira de crédito em 2016, para algo ao redor de 4 a 5 por cento, ante previsão anterior, de aumento de 7 a 10 por cento, disse Brasil.

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Em 12 meses até setembro, a carteira de crédito da Caixa havia crescido 5 por cento. Apesar da desaceleração, o resultado ainda é muito superior ao dos demais grandes bancos do país, que tiveram contração da carteira orgânica na mesma comparação.

Segundo o vice-presidente da Caixa, o índice de inadimplência acima de 90 dias do banco pode seguir tendo pequenas elevações nos próximos trimestres, mas tende a se estabilizar ao longo de 2017.

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(Por Aluisio Alves)

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