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Economia

Como fazer do Brasil uma colônia 2.0

Com o decreto de Temer, o Brasil vai poder – vejam a insensatez – subsidiar com dinheiro do BNDES a compra de empresas brasileiras ou mesmo financiar a exploração do nosso petróleo retirado do controle da Petrobras, com a eliminação da exigência de que seja ela a operadora do pré-sal, assim como de novas áreas que venham a ser licitadas e concedidas às petroleiras internacionais, alerta Fernando Brito, editor do Tijolaço

michel temer (Foto: Leonardo Attuch)
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Recomendo, a quem se interessa por economia, por projeto nacional de desenvolvimento ou, simplesmente, para quem se interessa por nosso país a leitura da reportagem de Marcus Mortari, publicada sexta-feira pelo Infomoney.

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Trata das ameaças da “política econômica” do Governo Temer sobre as empresas brasileiras que, com Lava Jato e recessão, vão mal das pernas e serão, com o apoio do crédito estatal, fortes candidatas a desaparecerem, “chupadas” pelo capital estrangeiro.

Mortari trata especialmente de um decreto editado por Temer em janeiro, incluindo uma série de áreas nas quais os bancos públicos brasileiros podem  oferecer garantias financeiras  às empresas estrangeiras interessadas em operar no país.

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Entre elas, o petróleo, a indústria têxtil, a saúde (serviços e produtos farmacêuticos), educação, turismo e até o comércio.

 

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Com o decreto, o Brasil vai poder – vejam a insensatez – subsidiar com dinheiro do BNDES a compra de empresas brasileiras nestes setores por grupos internacionais ou mesmo financiar a exploração do nosso petróleo retirado do controle da Petrobras, com a eliminação da exigência de que seja ela a operadora do pré-sal, assim como de novas áreas que venham a ser licitadas e concedidas às petroleiras internacionais.

Ou, alternativamente – o que parece ser a intenção do governo – oferecer, via bancos públicos, garantias contra riscos cambiais para que grupos de fora tomem crédito em dólar para estas aquisições e fiquem imunes à variação da moeda.

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No texto de Mortari se registram as apreensões de economistas sobre os riscos dar garantias cambiais a setores que não geram receita em dólar. E que “a expansão de mercado das empresas estrangeiras vai se dar no pior momento possível”, em que as concessões não se dará em igualdade de oportunidade para a empresa nacional e para o investidor estrangeiro.  Como diz ma reportagem o o economista Felipe Rezende: “Eles vão nadar de braçada”.

Creio, porém, que com tudo isso, exceto nos setores onde a propriedade  de jazidas possa esperar o tempo e afora as picaretagens financeiras de curto prazo, não haverá a tal “enxurrada ” de investimentos no Brasil, e não só porque a economia mundial segue em compasso de espera.

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É porque o Brasil desceu à condição de um país “desconfiável”, inseguro, onde as regras mudam e mudam de acordo com um jogo político brutal, manipulado e selvagem.

Virou algo assim como um Congo, com todo o respeito aos dois  Congo, mais uma colônia. Moderno, urbano, mas um país sem luz própria, que não cultiva seu próprio destino, mas o entrega.

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Colônia, ainda que 2.0.

 

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