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Economia

Copom faz reunião para definir taxa de juros

Primeira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) sob o comando do novo presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, tem início na tarde desta terça-feira (19), em Brasília; segunda parte da reunião será realizada amanhã (20), quando será divulgada a decisão do colegiado sobre a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 14,25% ao ano

Brasília - O novo presidente do BC, Ilan Goldfajn participa da Cerimônia de transferência do cargo de presidente do Banco Central (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil) (Foto: Paulo Emílio)
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Kelly Oliveira, repórter da Agência Brasil - A primeira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) sob o comando do novo presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, tem início na tarde desta terça-feira (19), em Brasília. A segunda parte da reunião será realizada amanhã (20), quando será divulgada a decisão do colegiado sobre a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 14,25% ao ano.

Esta será também a primeira reunião com a participação de quatro novos diretores: Carlos Viana de Carvalho (Política Econômica), Tiago Couto Berriel (Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos), Reinaldo Le Grazie (Política Monetária) e Isaac Sidney Menezes Ferreira (Relacionamento Institucional e Cidadania).

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A decisão do Copom sobre a Selic será tomada no momento em que a inflação mostra sinais de que está cedendo e a atividade econômica permanece em queda. Em junho, a inflação - medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) - caiu 0,43 ponto percentual em relação a maio ao passar de 0,78% para 0,35%. Com a desaceleração, o IPCA fechou o primeiro semestre do ano com alta acumulada de 4,42%, resultado abaixo dos 6,17% registrados em igual período de 2015. Em 12 meses, o IPCA ficou em 8,84%, 0,48 ponto percentual abaixo dos 9,32% dos 12 meses anteriores.

Já a atividade econômica voltou a cair em maio. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) dessazonalizado (ajustado para o período) apresentou queda de 0,51% em maio, comparado a abril. Em abril, houve uma interrupção de 15 meses seguidos de queda, com crescimento de 0,07%, na comparação com março, de acordo com dados atualizados. Em 12 meses encerrados em maio, a retração ficou em 5,43% e no ano, em 5,79%.

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Meta de inflação

No último dia 28, o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, disse que alcançar o centro da meta de inflação, de 4,5%, em 2017 é uma expectativa ambiciosa e crível. Para ele, atingir esse objetivo é algo ambicioso porque a inflação em 2015 foi "mais que o dobro da meta". "O ano de 2015 foi de choque, inflação muito elevada, em parte devido à depreciação forte [do real], a inflação de [preços] administrados muito forte. Desde então, o objetivo do regime de metas tem sido fazer a convergência de volta para o centro da meta", disse, ao divulgar o Relatório de Inflação.

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A meta de inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional (formado pelos ministros da Fazenda e do Planejamento e o presidente do BC) é de 4,5% e pode chegar ao máximo de 6,5% este ano e 6% em 2017. Entretanto, para este ano, o BC projeta estouro da meta de inflação por conta da alta dos preços administrados e também dos agrícolas. De acordo com as estimativas do BC, a inflação deve ficar em 6,9%, este ano, e em 4,7%, em 2017.

Taxa básica

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O principal instrumento usado pelo BC para controlar a inflação é a taxa básica de juros, usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic). Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, mas a medida alivia o controle sobre a inflação. Quando mantém a taxa, o Copom considera que ajustes anteriores foram suficientes para alcançar o objetivo de controlar a inflação.

Desde julho de 2015, os juros básicos estão em 14,25% ao ano, no maior nível desde outubro de 2006. Pelas expectativas de instituições financeiras, a Selic será mantida nesse patamar na reunião deste mês, mas até o final do ano será reduzida, mesmo com o discurso do BC de que não há espaço para cortes na Selic. De acordo com as projeções, ao final de 2016 a Selic estará em 13,25% ao ano. Em 2017, a expectativa é de mais cortes na taxa Selic, que encerrá o período em 11% ao ano.

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De acordo com a pesquisa do BC às instituições financeira, a Selic começará a cair em outubro deste ano, quando deve ficar em 13,75%, com nova queda em dezembro para 13,25% ao ano. Na reunião marcada para agosto deste ano, não há expectativa de redução da Selic. Por essas projeções, a Selic continuará a ser reduzida no próximo ano até outubro, quando deve chegar a 11% ao ano e será mantida nesse patamar na reunião do Copom de dezembro de 2017.

Novidades

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No primeiro dia de reunião do Copom, chefes de departamentos do BC apresentam uma análise da conjuntura doméstica, com dados sobre a inflação, o nível de atividade econômica, as finanças públicas, a economia internacional, o câmbio, as reservas internacionais e o mercado monetário, entre outros assuntos. No segundo dia, após análise da perspectiva para a inflação e das alternativas para a Selic, os diretores e o presidente do banco definem a taxa.

No último dia 12, o BC anunciou que, a partir desta reunião, a divulgação da taxa ocorrerá por volta das 18h, cerca de uma hora depois do fechamento do mercado financeiro. Anteriormente, a taxa Selic era anunciada entre 19h30 e 21h.

Para a alteração, o horário de começo do segundo dia de reunião do Copom mudou de 16h30 para 14h. O BC também anunciou a alteração do dia de divulgação da ata da reunião, com as explicações para a decisão sobre a Selic. Agora, esse documento será divulgado na terça-feira seguinte e não mais às quintas-feiras.

Outra novidade é que, nesta primeira reunião sob o comando de Goldfajn, fotógrafos e cinegrafistas poderão fazer registros de imagens do início do encontro. Na gestão de Alexandre Tombini também houve, uma vez, abertura para registro de imagens, segundo a assessoria de imprensa do BC.

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