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Economia

Coronavírus eleva cautela e Ibovespa fecha janeiro no vermelho

A bolsa paulista fechou com o Ibovespa em forte queda nesta sexta-feira (31) e encerrou o mês com desempenho negativo, depois de renovar máxima histórica em dezembro, conforme preocupações com o surto de coronavírus que se espalhou por mais de 20 países referendou movimentos de realização de lucros

Bolsa de Valores de São Paulo (Foto: REUTERS/Paulo Whitaker)
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Paula Arend Laier (Reuters) - Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 1,5%, a 113.760,57 pontos, menor patamar em cerca de seis semanas. O volume financeiro no pregão somou 24,17 bilhões de reais.

Na semana, acumulou declínio de cerca de 4%, fazendo com o que o mês registrasse uma perda de 1,6%. Até o dia 23, contudo, quando renovou recorde de fechamento, a 119.527,63 pontos, o Ibovespa contabilizava valorização de mais de 3%. A queda no mês vem após ganho de 6,8% em dezembro. Em 2019, o Ibovespa subiu 31,6%.

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“Mesmo com uma taxa de mortalidade baixa, o rápido aumento do número de pessoas infectadas eleva a cautela dos investidores, afetando o preço dos ativos com maior risco associado”, destacou o departamento de pesquisas e estudos econômicos do Bradesco, em nota a clientes.

Na visão da equipe liderada por Fernando Honorato, o tamanho e a duração do impacto da doença na economia ainda são incertos e, por ora, concentrados na China. “Ainda assim, pode ter reflexos na dinâmica da atividade global, que mostrava sinais de estabilização desde o final do ano passado.” 

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Os dados mais recentes mostraram que o número de mortos pelo novo coronavírus, declarado como emergência global pela Organização Mundial da Saúde, chegou a 213, com 9.692 casos confirmados na China. Não houve mortes fora da China, embora 131 casos tenham sido relatados em 23 outros países e regiões.

“Com base no aumento contínuo do número de casos e mortes de coronavírus, é cada vez mais aparente que a doença está se tornando um problema de saúde tanto econômico quanto público”, reforçou Ben May, diretor de pesquisa global macro da Oxford Economics, estimando que o impacto de curto prazo no crescimento do PIB chinês provavelmente será grande.

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Ele cortou a previsão para o crescimento chinês de 2020 em 0,4 ponto percentual, para 5,6%. E avaliou que a disseminação ao redor do mundo poderia reduzir o crescimento global em 2020 em 0,2 ponto. “No curto prazo, esperamos que o surto resulte em alguma volatilidade em pesquisas de negócios e consumo.”

No Brasil, na próxima semana, a cena corporativa também tende a ocupar as atenções, com os balanços de quarto trimestre de Bradesco, Klabin e Lojas Renner, entre as empresas listadas no Ibovespa, bem como precificação da oferta de ações da Petrobras atualmente em poder do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

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DESTAQUES

- VALE ON perdeu 2,4%, afetada pelas dúvidas relacionadas aos efeitos do coronavírus na economia chinesa, dada a sua sensibilidade ao mercado daquele país, com o setor de mineração e siderurgia como um todo em queda, com GERDAU PN caindo 3,3%.

- BRADESCO PN fechou em queda de 1,7% e ITAÚ UNIBANCO PN caiu 1,9%, entre as maiores pressões de baixa, com o setor de bancos como um todo mostrando forte declínio na sessão. Na próxima semana, no dia 5, o Bradesco divulga seu resultado trimestral.

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- PETROBRAS ON cedeu 2,1%, na esteira do declínio dos preços do petróleo no mercado externo, tendo no radar precificação de oferta de ações ordinárias da companhia em poder do BNDES esperada para a próxima terça-feira. PETROBRAS PN caiu 1,7%.

- JBS ON avançou 2,3% e MARFRIG ON subiu 1,4%, com o setor de proteínas entre as ações em alta do Ibovespa na sessão. BRF ON encerrou com decréscimo de 0,16%.

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- POSITIVO TECNOLOGIA, que não está no Ibovespa, desabou 12,2%, após precificar na véspera oferta de ações a 6,55 reais por papel, um desconto de mais de 20% em relação ao preço de fechamento da quinta-feira. Na mínima desta sexta-feira, mais cedo, as ações despencaram, 19,4%.

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