CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
Economia

Desmatamento volta a crescer em julho e ameaça acordo comercial com UE

Desmatamento na Amazônia brasileira cresceu na primeira metade de julho e superou a taxa do mês inteiro no ano passado, ameaçando o acordo comercial do Mercosul com a União Europeia; mais de 1 mil quilômetros quadrados de floresta foram derrubados na primeira quinzena de julho, 68% a mais em relação a todo o mês de julho de 2018,

Imagem aérea de desmatamento na cidade de Alta Floresta, no Pará. (Foto: REUTERS/Nacho Doce)
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

Reuters - O desmatamento na Amazônia brasileira cresceu na primeira metade de julho e superou a taxa do mês inteiro no ano passado, ameaçando o acordo comercial do Mercosul com a União Europeia.

Mais de 1 mil quilômetros quadrados de floresta foram derrubados na primeira quinzena de julho, o que representa 68% a mais em relação a todo o mês de julho de 2018, segundo dados preliminares de satélite do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

O desmatamento visto até o momento em julho é o maior de qualquer mês desde agosto de 2016, e ocorre após aumentos importantes na comparação anual ocorridos em maio e junho.

A Amazônia abriga a maior floresta tropical do mundo, e cientistas consideram sua proteção essencial no combate à mudança climática.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Ambientalistas dizem que o aumento do desmatamento no Brasil é resultado das políticas do presidente Jair Bolsonaro e de sua retórica a favor do desenvolvimento da região.

O Palácio do Planalto e o Ministério do Meio Ambiente não responderam de imediato a pedidos de comentários.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

No mês passado o Mercosul, bloco formado por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, firmou um acordo comercial com a UE que inclui compromissos ambientais.

O pacto já enfrenta uma batalha para ser ratificado por países membros do bloco europeu, cujos agricultores temem a competição do poderoso setor agrícola brasileiro, que afirmam estar sujeito a regras ambientais menos rígidas do que as europeias.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

O Parlamento da Irlanda e o ministro da Agricultura da Itália pediram que o acordo seja rejeitado.

Partidos verdes e agricultores europeus podem capitalizar a elevação do desmatamento no Brasil para reforçar seus argumentos contra a ratificação do acordo comercial, disse um diplomata europeu radicado no Brasil à Reuters.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

“Acho que é munição para eles usarem, especialmente os agricultores, mesmo que não se importem com a Amazônia”, disse o diplomata, sob condição de anonimato, uma vez que não tinha permissão para falar com a mídia.

Se o acordo for ratificado, os membros da UE terão procedimentos formais de disputa para apresentar queixas se considerarem que o Brasil está violando uma cláusula que exige que se “implante medidas para combater a extração ilegal de madeira e o comércio relacionado”, de acordo com o texto do acordo publicado pela UE na sexta-feira.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Os dados do governo sobre o desmatamento deste mês são preliminares, e os números finais da medição dos 12 meses transcorridos até o final de julho ainda serão divulgados. Segundo o Inpe, um aumento nos dados preliminares quase sempre indica um aumento nas cifras anuais.

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Carregando os comentários...
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Cortes 247

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO