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Economia

Desmonte da Petrobrás por Bolsonaro atrai multinacionais para setor de refino

Na mira das privatizações do governo Bolsonaro, a venda de oito refinarias pela Petrobrás atrai as maiores tradings e petroleiras do mundo interessados em atuar no setor de refino. Cerca de 20 empresas demonstraram interesse, incluindo gigantes como a PetroChina Co e Sinopec, e Saudi Aramco, que está planejando fazer um dos maiores IPOs do mundo

(Foto: PR | Reuters)
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Tatiana Bautzer e Rodrigo Viga Gaier, Reuters - A planejada venda de oito refinarias pela Petrobras está atraindo as maiores tradings e petroleiras do mundo como interessados, disseram duas fontes com conhecimento do assunto à Reuters.

Cerca de 20 empresas assinaram termos de confidencialidade que garantem o acesso aos dados das refinarias e sinalizam que elas estão considerando uma oferta, segundo as fontes, que pediram anonimato para discutir detalhes confidenciais do negócio.

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A primeira rodada de ofertas não vinculantes por quatro das oito refinarias que a Petrobras colocou à venda ocorrerá no dia 11 de outubro, segundo as fontes. As oito refinarias têm capacidade total de refino de 1,1 milhão de barris ao dia.

Entre os potenciais interessados estão as tradings Vitol, Glencore e Trafigura. As brasileiras Ultrapar Participações e Raízen, uma joint venture entre a brasileira Cosan e a Shell, também assinaram os acordos.

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Outras companhias interessadas, segundo as fontes, incluem PetroChina Co e Sinopec, que já tem uma joint venture no Brasil com a espanhola Repsol. A gigantesca Saudi Aramco, que está planejando fazer um dos maiores IPOs do mundo, também está olhando os números das refinarias da Petrobras.

Petrobras, PetroChina, Ultrapar, Sinopec e Vitol não responderam de imediato a pedidos de comentário. Trafigura, Saudi Aramco e Glencore recusaram-se a comentar.

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NEGÓCIO TRANSFORMACIONAL

A venda das refinarias, que deve ser um dos maiores desinvestimentos da história da Petrobras, pode arrecadar até 18 bilhões de dólares, segundo bancos de investimento que trabalham na transação.

A privatização do refino é vista como fundamental para reduzir as pressões sobre o governo por interferência na política de preços de derivados, e uma maneira de introduzir competição real no setor de petróleo no país.

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O regulador antitruste Cade forçou a Petrobras a mudar seu processo de venda de refinarias para aumentar a competição, demandando que a venda seja de 100% de cada refinaria e não mais de 60%, como no modelo inicial. As refinarias terão que ser vendidas uma por uma.

O mesmo comprador não poderá adquirir duas refinarias na mesma região, no Nordeste ou no Sul.

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A Petrobras também está separando da Transpetro ativos de logística como dutos de petróleo e terminais que deverão ser vendidos junto com as refinarias, segundo uma das fontes.

Os interessados devem procurar operadores de dutos para entrar nos consórcios de refino, para ajudar na operação dos ativos de logística. Alguns grupos já procuraram operadores privados que compraram recentemente empresas de dutos da Petrobras, como Engie e Brookfield.

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Reportagem de Tatiana Bautzer em São Paulo Rodrigo Viga Gaier no Rio de Janeiro

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