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Economia

Dilma instala UPP no BB e desafetos selam a paz

Por meio do ministro Guido Mantega, a presidente Dilma deu um ultimato aos presidentes do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, e da Previ, Ricardo Flores; ambos poderiam ser demitidos se no cessassem as brigas; como o recado foi compreendido, a tendncia que a crise seja superada, como ocorreu na Caixa

Dilma instala UPP no BB e desafetos selam a paz (Foto: Divulgação/Roberto Castro )
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Leonardo Attuch _247 – Depois de viver uma das maiores crises de sua história, que poderia terminar nas páginas policiais, após a quebra do sigilo de um alto executivo, o Banco do Brasil caminha para a pacificação. Foi como se a presidente Dilma Rousseff tivesse instalado, no banco e na Previ, fundo de pensão dos funcionários do BB, uma UPP, Unidade de Polícia Pacificadora, semelhante à dos morros do Rio de Janeiro. Transmitido por meio do ministro Guido Mantega, o ultimato aos presidentes do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, e da Previ, Ricardo Flores, foi claro. Foi como se a presidente dissesse: “Parem de brigar, crianças”. Aparentemente, o recado foi compreendido por ambos e, a partir de agora, a roupa suja será lavada em casa – e não por meio da imprensa.

A crise atingiu seu ponto máximo na terça-feira desta semana, quando uma reportagem do 247 (leia mais aqui) apontou a quebra do sigilo bancário de Allan Toledo, ex-vice-presidente do Banco do Brasil, e de Liu Mara Zerey, mãe adotiva de Toledo, que se trata de um câncer. No mesmo dia, a Folha de S. Paulo noticiou que Toledo recebeu depósitos supostamente atípicos de R$ 953 mil em 2011, que teriam sido comunicados ao Coaf, órgão do Ministério da Fazenda que combate a lavagem de dinheiro. Tais depósitos, na verdade, referem-se à venda de uma casa que pertencia a Liu Mara, legitimamente herdada por Toledo, e vendida para custear as despesas do seu tratamento quimioterápico. Ou seja: em meio a uma disputa de poder, o governo federal corria o risco de se ver diante de um novo caso Francenildo Costa, o ex-caseiro que teve seu sigilo quebrado e moveu uma ação milionária contra a Caixa Econômica Federal. E pior: numa história que ainda expunha a intimidade de uma aposentada diagnosticada com câncer em estado terminal. E mais grave: a movimentação tida como normal na época da transação, em 2011, virou anormal um ano depois, quando a guerra entre facções rivais estava em curso -- o que é um indício de perseguição e uso arbitrário da máquina do Estado.

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Atribui-se a disputa atual à guerra por espaços que seria travada entre Bendine e Flores, especialmente no que diz respeito à Vale. Curiosamente, ambos já foram grandes amigos, quando trabalharam juntos no BB e tiveram papel decisivo na crise de 2008, ao fomentar a expansão do crédito. São pessoas técnicas, de boa índole, bom caráter, mas que, provavelmente, se viram manipulados por terceiros, que teriam alimentado a rede de intrigas e desconfianças mútuas. Segundo informa a jornalista Claudia Safatle, uma das mais respeitadas do País, na edição de hoje do jornal Valor Econômico, a turma do “deixa disso” no Palácio do Planalto está vencendo a turma que prega o uso da guilhotina. Até porque, tanto o BB como a Previ ostentam bons resultados e vêm sendo conduzidos de forma técnica, ou seja, do jeito que Dilma gosta. O único que segue ameaçado de demissão é o vice-presidente Ricardo Oliveira, segundo informa o jornal Estado de S. Paulo, reproduzindo notícia do dia anterior do 247 (leia mais aqui).

Estilo Dilma

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Com a solução para a confusão no Banco do Brasil, a presidente Dilma Rousseff começa a impor seu próprio padrão de administração de crises.

Meses atrás, a Caixa Econômica Federal viveu uma situação ainda pior, de guerra aberta entre as alas lideradas pelo PT e pelo PMDB, que trocavam acusações relacionadas ao caso Panamericano e ao uso do FI-FGTS, um fundo bilionário que tem sido acessado por grandes corporações – um caso também noticiado com destaque, e muitas vezes com exclusividade, pelo 247 (leia mais aqui).

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Quando Dilma entrou em campo e ameaçou expulsar dois jogadores de cada lado, todos ficaram mansos. Como reza a lenda, a presidente é “uma mulher dura, cercada de homens meigos”. E que sabe mandar.

Depois de instalar a sua UPP na Caixa, ela fez o mesmo no Banco do Brasil.

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