‘Dizer que o Brasil está endividado e não consegue ampliar o auxílio emergencial é uma falácia’, diz Juliane Furno
Segundo a economista, “R$ 1 gasto com o auxílio emergencial gerava R$ 2,35 na economia brasileira pela expansão da capacidade de consumo. Essa falácia econômica que não se sustenta”. Assista na TV 247



247 - Rebatendo as recorrentes afirmações de Jair Bolsonaro e da equipe econômica do ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre a impossibilidade de prorrogação do auxílio emergencial em razão do endividamento do país, a economista Juliane Furno afirmou que o benefício resulta, na realidade, na redução da relação dívida/PIB.
Segundo a especialista, cada real distribuído pela União por meio do auxílio de R$ 600 gerava na economia brasileira uma quantia duas vezes maior. “O auxílio emergencial contribuiu para reduzir a dívida/PIB, o que é surpreendente. O argumento de que o Brasil está muito endividado e por isso nós não podemos continuar com o auxílio emergencial é uma falácia. O auxílio aumenta sim o montante nominal dos gastos, mas diminui a relação na medida em que aumenta em uma velocidade ampliada o denominador do PIB, como a gente conhece como multiplicador fiscal. Um real gasto com o auxílio emergencial gerava R$ 2,35 na economia brasileira pela expansão da capacidade de consumo”, explicou.
Para Juliane, portanto, é mentira afirmar que o auxílio emergencial não pode ser estendido por causa do endividamento do Brasil. “Com a sua finalização, a gente vai ter provavelmente taxas de crescimento menores e um endividamento maior, porque na medida em que a dívida se mantém a mesma mas o PIB encolhe, a porcentagem que representa a dívida em relação ao PIB tende a aumentar. Então é a prova da falácia não só moral e social de cortar gastos, principalmente na crise, mas essa falácia econômica que não se sustenta”.
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