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Economia

Dólar atinge R$ 5,32 pela primeira vez na história; Ibovespa tem queda de 3,8%

Mercado termina a semana com perdas de mais de 5% após queda nos postos de trabalho nos EUA ofuscar rali do petróleo

Cédulas de dólar (Foto: REUTERS/Guadalupe Pardo)
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Infomoney - O recuo do Ibovespa nesta sexta-feira (3) fez o principal índice da Bolsa brasileira acumular perda de 5,3% na semana. Apesar das notícias otimistas a respeito de um possível acordo entre Rússia e Arábia Saudita para pôr fim à guerra nos preços de petróleo, a queda brusca no número de postos de trabalho nos Estados Unidos acabou ofuscando o bom humor dos investidores.

De acordo com dados divulgados hoje pelo Departamento de Trabalho, os EUA registraram uma perda de 701 mil empregos em março. O consenso dos economistas da Bloomberg apontava para uma destruição de 100 mil postos de trabalho no período. Os índices Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq fecharam em quedas entre 1,5% e 1,7% com a informação.

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O Ibovespa terminou o pregão desta sexta com perda de 3,76%, aos 69.537 pontos, com volume financeiro negociado de R$ 22,03 bilhões.

Já o dólar futuro para maio subiu 1,36% a R$ 5,338. O dólar comercial teve alta de 1,14% a R$ 5,3245 na compra e a R$ 5,3261 na venda.

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Na semana, a moeda dos EUA teve uma valorização de 4,3%. O dólar ptax venda teve a décima semana consecutiva de alta na semana encerrada em 3 de abril de 2020. No ano, a alta acumulada de 31,48% é a quinta maior valorização anual (considerando o período até 3 de abril) desde 1995.

No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2022 subiu oito pontos-base a 4,08%, o DI para janeiro de 2023 teve alta de 16 pontos-base, a 5,53%, e o DI para janeiro de 2025 registrou ganho de 26 pontos-base, a 7,20%.

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Uma onda de dados econômicos negativos também ajudou a desarmar posições compradas antes do fim de semana. Na zona do euro, a Markit divulgou que o índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês), que despencou de 51.6 pontos em fevereiro para 29.7 pontos em março, informou a CNBC.

Os dados indicam a maior contração da atividade econômica em 20 anos na Itália, Espanha e França, justamente os três países mais atingidos pela epidemia do coronavírus no continente.

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Por aqui, o PMI Markit de serviços brasileiro caiu de 50,4 pontos para 34,5 pontos em março, refletindo o efeito do coronavírus na atividade econômica.

Já a China foi exceção, o PMI Caixin serviços divulgado na noite passada subiu mais que o previsto em março, de 26,5 para 43.

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Hoje, as perdas generalizadas não pouparam nem a Petrobras, que mais cedo chegou a subir acompanhando a cotação do petróleo no mercado internacional. O barril do Brent disparou 15,9% hoje, chegando a US$ 34,70, em meio à expectativa por um acordo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) após a Arábia Saudita convocar reunião para discutir a crise no mercado.

A Opep+ se reúne na segunda-feira (6) para debater uma proposta de cortar a produção coletiva do grupo em pelo menos 6 milhões de barris por dia (bpd), em resposta aos efeitos da pandemia de coronavírus no mercado da commodity, segundo fontes ouvidas pela Dow Jones Newswires.

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As mesmas fontes disseram que os russos provavelmente não concordarão com a redução se os Estados Unidos não aceitarem participar da iniciativa. A Opep+, por esse motivo, considera a possibilidade de convidar produtores dos EUA e Canadá para a teleconferência.

Ontem, o presidente americano, Donald Trump, escreveu no Twitter que falou com o príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman e, após a conversa, esperava que russos e sauditas cortassem em até 15 milhões de barris por dia na produção de petróleo. Contudo, a Rússia negou que tenha mantido conversas com a Arábia Saudita.

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