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Economia

Dólar bate R$ 3 com tensão sobre ajuste fiscal

O dólar subia mais de 2% e bateu em R$ 3 nesta quarta-feira, 4, após o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), rejeitar medida provisória que trata de desonerações tributárias, dificultando ainda mais o ajuste das contas públicas brasileiras; à medida que se torna mais difícil para o governo cortar seus gastos, a pressão cambial também se intensifica; às 12h34, a moeda norte-americana avançava 2,25%, a 2,9940 reais na venda, após atingir 3,0010 reais na máxima da sessão, maior nível desde agosto de 2004

O dólar subia mais de 2% e bateu em R$ 3 nesta quarta-feira, 4, após o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), rejeitar medida provisória que trata de desonerações tributárias, dificultando ainda mais o ajuste das contas públicas brasileiras; à medida que se torna mais difícil para o governo cortar seus gastos, a pressão cambial também se intensifica; às 12h34, a moeda norte-americana avançava 2,25%, a 2,9940 reais na venda, após atingir 3,0010 reais na máxima da sessão, maior nível desde agosto de 2004 (Foto: Paulo Emílio)
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SÃO PAULO (Reuters) - O dólar subia mais de 2 por cento e bateu em 3 reais nesta quarta-feira, 4, após o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), rejeitar medida provisória que trata de desonerações tributárias, dificultando ainda mais o ajuste das contas públicas brasileiras.

Às 12h34, a moeda norte-americana avançava 2,25 por cento, a 2,9940 reais na venda, após atingir 3,0010 reais na máxima da sessão, maior nível desde agosto de 2004. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro estava em torno de 674 milhões de dólares.

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"Ninguém sabe onde vai parar, é uma barbárie", resumiu o gerente de câmbio da corretora BGC Liquidez, Francisco Carvalho.

Na noite passada, Renan Calheiros surpreendeu o Executivo na noite passada ao rejeitar a medida provisória 669, argumentando que ela não cumpria preceitos constitucionais. Pouco depois, o governo enviou um projeto de lei com urgência constitucional assinado pela presidente Dilma Rousseff para substituir a MP.

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A perspectiva de melhora da política fiscal vinha sendo uma luz no fim do túnel em meio ao cenário de contração econômica e inflação acima de 7 por cento neste ano. À medida que se torna mais difícil para o governo cortar seus gastos, a pressão cambial também se intensifica.

"O dólar já estava em uma tendência de alta em função dos fundamentos deteriorados. Agora, há esse 'a mais', que é o cenário político conturbado dificultando a implementação do ajuste fiscal", disse o analista da WinTrade Bruno Gonçalves, que não tem expectativas de alívio no câmbio no curto prazo.

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Com isso, cresce a ansiedade do mercado sobre o futuro do programa de intervenção do Banco Central no câmbio.

O atual programa de leilões diários de swap cambial está marcado para durar até pelo menos o fim deste mês, e a sinalização de que o BC pretende rolar apenas parcialmente os contratos que vencem em 1º de abril já injetou incerteza no mercado.

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"Isso tudo dá mais fôlego para o mercado testar o BC", disse o operador de câmbio da corretora Intercam Glauber Romano.

Nesta manhã, o BC deu continuidade às intervenções diárias, vendendo a oferta total de até 2 mil swaps, com volume correspondente a 97,7 milhões de dólares. Foram vendidos 100 contratos para 1º de dezembro de 2015 e 1.900 para 1º de fevereiro de 2016.

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O BC também vendeu a oferta total no leilão de rolagem dos swaps que vencem em 1º de abril. Até agora, foram rolados cerca de 11 por cento do lote total, que corresponde a 9,964 bilhões de dólares.

(Por Bruno Federowski)

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